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Fusões e aquisições a caminho do segundo ano consecutivo de quedas
A queda homóloga de 17,9% no mercado das fusões e aquisições nos primeiros nove meses do ano indicam que a atividade vá recuar pela segunda vez consecutiva em 2023.
As incertezas económicas e geopolíticas estão a penalizar a atividade das fusões e transações. Nos primeiros nove meses do ano, o volume de fusões e aquisições desceu 17,3% relativamente ao período homólogo, segundo os dados da empresa de informação GlobalData.
Nos primeiros três trimestres de 2023, o número de fusões e aquisições sofreu uma queda de 17,3%, avança a GlobalData, caminhando, desta maneira, para o segundo ano consecutivo de quedas. Já em 2022, o valor das fusões e aquisições desceu 29% para 2,8 biliões de dólares, em relação aos 3,9 mil milhões alcançados em 2021.
A questão, agora, prende-se com a evolução da atividade no último trimestre do ano. A Exxon Mobil está próxima de concluir um acordo milionário para a compra da Pioneer Natural Resources por 58 mil milhões de dólares, o equivalente a 54,66 mil milhões de euros.
A tendência estendeu-se ao panorama geral no universo dos negócios, que além das fusões e aquisições inclui também as transações em "private equity" e financiamento de capital de risco. Durante os três primeiros trimestres de 2023 foram fechadas 40.374 transações, o que representa uma redução de 12.995 em relação aos 53.369 negócios executados em 2022.
Segundo o analista chefe na GlobalData Aurojyoti Bose, a pressionar têm estado sobretudo as tensões geopolíticas e económicas. "A inflação, os receios de que haja uma recessão económica e a atual guerra da Rússia na Ucrânia estão a ter um impacto notável no sentimento".
Em termos geográficos, o continente americano foi a região em que a atividade no período indicado mais desceu. Com o pior desempenho esteve a América do Sul e Central (-29,1%), tendo sido seguida pela América do Norte, onde houve menos 28,5% em transações.
No entanto, tendência foi transversal a todas as regiões analisadas pela GlobalData. Na Europa, volume de negócios diminuiu 20,5%, enquanto na Ásia desceu 20,6% e no Médio Oriente decresceu 26,2%.