Notícia
Inflação nos EUA anima Europa, derruba juros e dólar
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
Bolsas europeias aplaudem menos inflação nos EUA. Stoxx 600 com melhor dia desde 25 de agosto
As bolsas europeias fecharam em alta, animadas pelo facto de a inflação nos Estados Unidos ter arrefecido em outubro – e mais do que o estimado –, alimentando a expectativa de que a Reserva Federal norte-americana poderá atenuar o ritmo do aumento dos juros diretores.
O Stoxx 600, que é o índice de referência do Velho Continente, fechou a somar 2,75% para 431,89 pontos, naquele que foi o maior ganho desde a sessão de 25 de agosto.
Os setores que mais impulsionaram a tendência positiva foram o tecnológico, imobiliário e dos serviços financeiros.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 3,51%, o francês CAC-40 valorizou 1,96%, o italiano FTSEMIB avançou 2,58%, o britânico FTSE 100 subiu 1,08% e o espanhol IBEX 35 pulou 1,15%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 3,45%.
Dólar cai com sinais de abrandamento da inflação
O euro inverteu as perdas em relação à nota verde, a ganhar 1,46% para 1,0157 dólares, depois de os dados da inflação nos EUA terem indicado sinais de abrandamento, o que leva a uma menor necessidade de procurar ativos-refúgio.
O índice da Bloomberg que mede o dólar contra um cabaz de dez divisas também cai cerca de 2.4%.
A desaceleração da inflação pode estimular uma política mais acomodatícia por parte da Reserva Federal norte-americana, o que poderá aumentar o apetite dos investidores pelo risco.
Juros aliviam fortemente na Europa
Os juros da dívida soberana na Zona Euro desagravaram-se fortemente, no dia em que se soube que a inflação de outubro nos Estados Unidos diminuiu – o que deixa antecipar um posicionamento menos duro da Fed na sua política monetária.
Por cá, os juros da dívida portuguesa a 10 anos encerraram a ceder 18 pontos base para 2,936%.
Em Itália e Espanha, também no vencimento a 10 anos, as "yields" recuaram 27,4 e 19,7 pontos base, para 3,994% e 3,306%, respetivamente.
As "yields" das Bunds alemãs a 10 anos, referência para a Europa, seguiram a mesma tendência, a aliviar 16,1 pontos base para 2,001%.
Inflação mais baixa nos EUA envia ouro para máximos de agosto
A inflação dos EUA, mais baixa do que o esperado, está a impulsionar todos os metais preciosos e levou o ouro a atingir um máximo de agosto.
Os dados da inflação deixaram os investidores otirmistas. O ouro valoriza 2,6% para os 1.751,03 dólares por onça, enquanto que a prata sobe 3,3% para os 21,71 dólares.
Já a platina e o paládio são os que estão a valorizar mais, com um aumento de quase 5%, para os 1.036,21 e 1.961,49 dólares por onça, respetivamente.
O aumento dos preços no consumidor fixou-se nos 7,7% em outubro, o valor mais baixo desde janeiro, o que pode incentivar a Reserva Federal a pôr um travão no aumento das taxas de juro.
Bons ventos dos EUA animam petróleo
Os preços do "ouro negro" estão a negociar em terreno positivo, animados pela desaceleração da inflação em outubro nos EUA, que deixa antever um desagravamento da dura política monetária que tem estado a ser levada a cabo pela Reserva Federal norte-americana.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, segue a somar 1,06% para 93,63 dólares por barril.
Já o West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, ganha 0,76% para 86,48 dólares por barril.
Os preços já estiveram a subir mais, estando agora o ímpeto a ser contido pela política "covid zero"na China – que deixa recear uma menor procura por parte do maior importador mundial de petróleo.
Wall Street arranca em alta à boleia de inflação mais baixa que o esperado
As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão desta quinta-feira em alta, impulsionadas pelos dados da inflação hoje divulgados nos Estados Unidos. O aumento dos preços no consumidor fixou-se nos 7,7% em outubro, o valor mais baixo desde janeiro.
O "benchmark" S&P 500 avançou 3,40% para 3.876,19 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite saltou 4,55% para 10.825,57 pontos e o industrial Dow Jones subiu 2,13% para 33.206,25 pontos.
Os dados esta quinta-feira divulgados poderão ser vistos pelos investidores como uma evidência de que o pico do aumento dos preços poderá já ter passado, o que poderá aliviar a pressão sobre a Reserva Federal norte-americana quanto a futuras subidas das taxas de juro.
Ainda antes da divulgação dos resultados, Seema Shah, analista na Principal Asset Management, afirmou que bons dados da inflação seriam inevitavelmente recebidos com "uma ovação dos mercados acionistas".
A Fed está comprometida em reduzir a inflação no país para os 2%. A última subida, no passado dia 2 de novembro, voltou a ser de 75 pontos base, tratando-se do quarto aumento consecutivo para tentar travar a escalada da inflação.
Europa veste-se de vermelho à espera dos dados da inflação nos EUA
A Europa vestiu-se de vermelho, à espera dos dados da inflação nos EUA.
O Stoxx 600 cai 0,14% para 419,75 pontos. Entre os 20 setores que compõe o índice, energia, retalho e recursos naturais comandam as perdas.
Nas restantes praça europeias, Madrid recua 0,39%, Paris cai 0,58% e Londres desliza 0,10%. Amesterdão derrapa 0,72%. Já Milão soma 0,31% e Frankfurt negoceia na linha d’ água (0,04%). Por cá, Lisboa segue a tendência e cai 0,21%.
Entre os principais movimentos de mercado da Haleon, uma unidade independente do grupo farmacêutico GSK, sobe 0,93% após ter atualizado as metas para este ano. Também a AstraZeneca soma 1,34%, depois de ter reportado lucros que ficaram acima das estimativas.
Juros aliviam ligeiramente na Zona Euro
Os juros da dívida a dez anos aliviam ligeiramente na Zona Euro, num dia marcado pela redução do apetite pelo mercado de risco.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – alivia 0,2 pontos base para 2,160%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos subtraem 0,5 pontos base para 4,263%.
Na Península Ibérica, a "yield" da dívida nacional a dez anos alivia 0,6 pontos base para 3,110%, a par dos juros das obrigações espanholas com a mesma maturidade que perdem 0,1 pontos base para 3,202%.
Euro em paridade plena contra o dólar
O euro desliza 0,11% contra o dólar, mas mantém-se em paridade contra a nota verde, horas antes de serem divulgados os números da inflação norte-americana. Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde face a 10 divisas rivais – segue a negociar na linha d’ água (-0,01%), mais concretamente em 110,534 pontos.
O investidores aguardam a divulgação dos números da inflação norte-americana, de forma a encontrar pistas sobre o possível futuro da política monetária levada a cabo pela Fed. O dólar ganhou força com o ciclo de subida da taxa de juro de referência desencadeado em março pelo banco central.
As projeções dos economistas consultados pela Bloomberg apontam para um recuo moderado da taxa anual da inflação em outubro para 7,9% em outubro face aos 8,2% alcançados em setembro.
Ouro na linha d'água à espera dos números da inflação nos EUA
O ouro negoceia na linha d’ água (-0,04%) para 1.706 dólares por onça, depois de registar ganhos durante a sessão asiática, horas antes de serem divulgados os números da inflação nos EUA. Ainda assim, o metal amarelo mantém-se acima da fasquia dos 1.700 dólares, o que não acontecia desde a primeira semana de outubro.
Desde o pico de março, o ouro já caiu 17% penalizado pela política monetária restritiva da Fed que deu força ao dólar, pressionando as matérias-primas denominadas na nota verde.
Assim, os investidores aguardam a divulgação dos números da inflação norte-americana, de forma a encontrarem pistas sobre o possível futuro da política monetária levada a cabo pelo banco central liderado por Jerome Powell (na foto).
As projeções dos economistas consultados pela Bloomberg apontam para um recuo moderado da taxa anual da inflação em outubro para 7,9% face aos 8,2% alcançados em setembro.
Caso se confirme, este será o quarto recuo consecutivo, depois de o índice ter chegado aos 9,1% em junho, um valor máximo em 40 anos. Em julho, a inflação caiu para 8,5% e em agosto para 8,3%.
Petróleo desliza ainda pressionado pelos stocks nos EUA e pelo combate chinês à covid-19
O petróleo perde tanto em Londres como em Nova Iorque, estando ainda a ser pressionado pelo aumento do inventário de crude nos EUA e com os investidores de olhos postos na China, o maior importador de ouro negro, que tem mantido a sua política "zero covid-19".
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, cai 0,24% para 85,62 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – desliza 0,11% para 92,55 dólares por barril.
O ouro negro amplia assim as perdas desta quinta-feira, depois de terem sido divulgados os mais recentes números dos stocks de crude nos EUA, os quais subiram como não era visto desde julho do ano passado.
O mercado está ainda a monitorizar a política "covid-19 zero" na China. Pequim já levantou alguns confinamentos mas há ainda regiões de alto e médio risco que se encontram sob medidas apertadas.
Europa aponta para o vermelho. Ásia marcada por fortes perdas de empresas ligadas às cripto
A Europa aponta para um arranque de sessão em terreno negativo, enquanto a Ásia fechou também no vermelho, horas antes de serem divulgados os números da inflação nos EUA.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 deslizam 0,8%.
Pela Ásia o fim das negociações também foi pintado de encarnado. Pela China, em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,9% a par de Xangai que derrapou 0,4%.
No Japão, o Topix desvalorizou 0,7% e o "benchmark" do país, Nikkei, caiu 0,98%.
Na Coreia do Sul, o Kospi caiu 1,30%.
Além da expectativa em torno dos números da inflação nos EUA, o que poderá dar pistas sobre o futuro da política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed), a sessão asiática foi ainda marcada por fortes quedas das ações de empresas ligadas ao mercado cripto, devido ao "crash" que levou inclusivamente a bitcoin a renovar máximos de março de 2020.
No Japão, o Monex group afundou 7,28%, enquanto a Remixpoint tombou 4,33%. Já na Coreia do Sul, a Hanwha Investment perdeu 4,23%.