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Direitos da Modelo caem arrastados pela casa mãe
Os direitos da Modelo Continente (MC), na segunda sessão de negociação, desvalorizavam em resultado das perdas da casa mãe, referiu uma analista ao Canal de Negócios.
«A evolução dos direitos da Modelo Continente estão a ser afectados pelo comportamento negativo da Modelo Continente. Este título está com um desconto bastante elevado em relação ao sector do retalho, como a (francesas) Carrefour ou a Metro, que estão inflacionadas», explicou a analista.
No âmbito deste aumento de capital, a cada acção com valor nominal de 1 euro (200,482 escudos) representativa do capital social da Modelo Continente, será atribuído o direito de subscrever 0,33 novas acções ao preço de 1 euro cada, ou seja, por cada 3 acções será atribuído o direito de subscrever uma nova acção.
Os direitos abriram a negociação a cotar nos 0,39 euros (78 escudos), tendo registado uma desvalorização de 2,56% na sessão de ontem. O período de negociação termina no próximo dia 16 de Fevereiro de 2001.
«A Modelo Continente não está a ser tão penalizada pelo aumento de capital como era esperado, porque cerca de 30 dos 50 milhões do aumento de capital, são para financiar a aquisição do IPE» na Modelo Investimentos Brasil (MIB), adiantou a analista.
A maior distribuidora nacional anunciou em Dezembro passado que irá adquirir a participação accionista detida pela «holding» estatal na MIB por 130 milhões de euros (26 milhões de contos).
A empresa revelou, quando apresentou os resultados de 2000, que o aumento de capital era justificado «face á incerteza associada ao exercício de “warrants” e considerando o forte investimento em curso».
Os accionistas da retalhista aprovaram em assembleia geral extraordinária no passado mês de Novembro, um aumento de capital de 250 milhões de euros por subscrição indirecta, passando o capital da empresa para um capital social de mil milhões de euros (200,48 milhões de contos). A instituição financeira que vai liderar esta operação é o Banco Português de Investimento (BPI).
A Sonae SGPS detém 69,55% dos direitos de voto da Modelo Continente, sendo que os restantes 21,36% são controlados pela Carrefour, empresa de distribuição francesa. A empresa gaulesa já anunciou que vai acompanhar este aumento de capital.
No dia 25 de Janeiro, a distribuidora do Grupo Sonae realizou um «stock split», alterando o valor nominal de cada acção de 5 euros (1000 escudos) para 1 euro (200 escudos), com o desdobramento de uma acção em cinco novos títulos.
Os direitos sobre a Modelo Continente, às 13h00, cotavam nos 0,37 euros (74 escudos) a descer 5,13% e um volume de 1,6 milhões de papéis. A empresa liderada por Nuno Jordão desvalorizava 3,20% para os 2,12 euros (425 escudos).