O contrato de concessão assinado pela Mota-Engil, no México, deverá ter um impacto "neutral" no título, consideram os analistas do BPI, uma vez que esta notícia já era esperada depois de o consórcio de que a empresa portuguesa faz parte ter sido considerado o "concorrente preferido".

Na passada sexta-feira, a Mota-Engil anunciou que, através da Concessionária Autopista Perote-Xalapa, assinou um contrato de concessão com o Estado mexicano, com vista à construção de uma auto-estrada neste país, num projecto que representa um investimento de 400 milhões de euros.

A empresa acrescentou que a sociedade é detida em partes iguais pelo Grupo Isolux Corsán e pelo Consórcio Mota-Engil Concessões de Transportes/ESConcessões, e pretende a Concessão de Construção, Financiamento, Operação e Manutenção por 30 anos da auto-estrada "Perote- Banderilla y Libramiento de Xalapa", no México.

"Impacto: Neutral (...) Este contrato permite à empresa reforçar sua carteira de encomendas de construção internacional que permanecia nos 1,6 mil milhões de euros no final de Setembro", referem os analistas do BPI no "Iberian Daily" de hoje.

A mesma fonte acrescenta que o investimento implicado para a Mota-Engil é de 90 milhões de euros e que esta decisão acrescenta visibilidade ao portfolio de concessões da empresa, até agora concentrado em Portugal e abre portas para novas concessões no México.

O BPI tem uma recomendação de "comprar" e um preço-alvo de 7,25 euros para as acções da construtora.

As acções da Mota-Engil valorizam 3,27% para 4,74 euros.