Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Brisa ganha 11% após palavras de presidente da CMVM (act.)

A CMVM deverá decidir, na próxima semana, sobre a retirada de bolsa da Brisa. O presidente Carlos Tavares admitiu que a lei é pouco clara quanto aos direitos dos accionistas de empresas que perdem o estatuto de sociedade aberta. As acções somaram terreno de modo expressivo.

27 de Setembro de 2012 às 16:16
  • 5
  • ...
A Brisa valorizou-se mais de 11% na sessão desta quinta-feira, depois das palavras do presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares, sobre a decisão relativa à saída de bolsa da empresa.

Depois de, na manhã, negociarem praticamente inalterados, os títulos da concessionária de auto-estradas, que encerraram quarta-feira nos 1,80 euros, terminaram a subir 11,11% para negociar nos 2,00 euros.

Trocaram de mãos perto de 418 mil acções da empresa presidida por Vasco de Mello, acima das 57 mil que foram ontem transaccionadas.

A pressão compradora, que se sentiu a partir do início da tarde, ocorreu depois de Carlos Tavares, o presidente da CMVM, ter admitido, segundo declarações citadas pela Bloomberg, que a lei não é muito clara quanto à perda de qualidade de sociedade aberta e à situação dos accionistas que não venderam na oferta pública de aquisição (OPA).

O veículo Tagus, que reúne as participações do Grupo José de Mello e do fundo de investimento Arcus, ficou com 92,06% dos direitos de voto da Brisa depois da OPA concretizada com uma contrapartida de 2,76 por acção. A 4 de Setembro, o Tagus pediu a perda de qualidade de sociedade aberta à Brisa. Se for concedida pela CMVM, a empresa deixa automaticamente de estar cotada em bolsa. Na altura, foi noticiado que a reguladora teria 10 dias para tomar uma decisão, embora tenha sido depois esclarecido que o prazo era, afinal, de 90 dias.

Carlos Tavares admitiu que o processo levanta algumas dúvidas tendo em conta que a lei não é muito clara para os accionistas que não venderam na OPA. O “Diário Económico” noticiou há dias que havia um vazio legal a separar dois códigos. O código de valores mobiliários, que rege as empresas cotadas, e o código de sociedades comerciais, sob as quais estão as empresas não cotadas. A passagem de accionista de uma empresa cotada a "sócio" de uma empresa não cotada estará, segundo o jornal, a levantar dúvidas.

Apesar da lei pouco clara, a decisão relativa à perda de qualidade de sociedade aberta, que caso seja aceite leva à saída da Brisa de bolsa, deverá ocorrer na próxima semana, segundo o presidente da CMVM.


(Notícia actualizada às 17h04 com notícia de fecho)


Ver comentários
Saber mais Brisa Grupo Mello Arcus OPA José de Mello CMVM bolsa Psi-20 contrapartida
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio