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Bolsas dos Estados Unidos fecham em forte queda
As principais praças norte-americanas encerraram em forte baixa, pressionadas pelos resultados da General Electric, que ficaram aquém das previsões dos analistas, o que fez com que a empresa tivesse a queda mais acentuada dos últimos 20 anos em bolsa. À s
As principais praças norte-americanas encerraram em forte baixa, pressionadas pelos resultados da General Electric, que ficaram aquém das previsões dos analistas, o que fez com que a empresa tivesse a queda mais acentuada dos últimos 20 anos em bolsa. À semelhança de ontem, o Nasdaq foi o índice que teve o pior desempenho.
O Dow Jones [indu] encerrou a descer 2,03%, fixando-se nos 12.326,16 pontos. O S&P 500 [spx] cedeu 2,03%, para 1.332,95 pontos, e o índice compósito Nasdaq [ccmp] registou a maior desvalorização, ao cair 2,61% para 2.290,24 pontos.
A General Electric, terceira maior empresa do mundo por valor de mercado, caiu depois de anunciar que os seus lucros diminuíram 12% e após rever em baixa as suas estimativas para os resultados de 2008. A GE, que raramente apresenta resultados muito diferentes do previsto, explicou que a queda dos lucros se deveu a prejuízos financeiros provocados pela turbulência dos mercados bolsistas.
A companhia liderada por Jeff Immelt, que fabrica turbinas, motores para aviões e locomotivas – e que tem em Portugal a unidade financeira GE Money – esteve a perder 13%, a sua queda mais pronunciada dos últimos 20 anos em bolsa. Esta queda de 13% representou uma perda de 46 mil milhões de dólares em valor de mercado – valor superior ao PIB do Equador em 2006, salientou a Bloomberg.
A Washington Mutual também cedeu terreno, depois de os analistas da Goldman Sachs terem mais do que triplicado as perdas previstas para aquela entidade financeira.
A BlackRock seguiu a mesma tendência de queda, penalizada pela revisão em baixa da recomendação da Goldman para as suas acções, de "comprar" para "neutral".
A 3M e a Disney estiveram igualmente a perder no Dow Jones. Dos 30 títulos que compõem este índice, 28 fecharam em baixa.
A contribuir para esta tendência este também o anúncio de que o índice preliminar Reuters/Universidade do Michigan relativo á confianla dos consumidores norte-americanos caiu para um mínimo de 26 anos em Abril, uma vez que o mercado laboral continua a enfraquecer e os preços da gasolina a subir.
"Estamos a presenciar danos colaterais na economia. As coisas estão a piorar", comentou à Bloomberg um estratega da Bell Curve Trading, Bill Strazzulo.
Os lucros das empresas do S&P500 deverão ter registado uma quebra média de 11,3% no primeiro trimestre e de 3,5% no segundo, segundo as estimativas dos analistas inquiridos pela Bloomberg.
A 4 de Janeiro deste ano, as projecções apontavam para um aumento de 4,7% nos lucros do primeiro trimestre, mas, desde então, essas previsões têm vindo a ser revistas em baixa todas as semanas.