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Bolsa regista maior subida semanal desde Setembro de 2001 (act)
A bolsa nacional contrariou a tendência das congéneres europeias e terminou a valorizar impulsionada pelos títulos com maior peso no índice. Com a PT a retomar a tendência de alta e a EDP a valorizar mais de 1%, o PSI-20 subiu 0,3%. Numa semana em que as
A bolsa nacional contrariou a tendência das congéneres europeias e terminou a valorizar impulsionada pelos títulos com maior peso no índice. Com a PT a retomar a tendência de alta e a EDP a valorizar mais de 1%, o PSI-20 subiu 0,3%. Numa semana em que as atenções estiveram centradas na PT e Sonae, o PSI-20 avançou mais de 5%, a subida mais acentuada desde Setembro de 2001.
O principal índice da bolsa nacional fechou hoje nos 9.270,28 pontos, com oito acções a subir, 11 em queda e uma inalterada. Quer em termos de subida quer ao nível da liquidez, a bolsa registou uma grande animação nesta semana com o lançamento da OPA da Sonae à PT e PTM.
Acumulou uma valorização de 5,24% em cinco sessões, o que representa a maior subida semanal desde o final de Setembro de 2001, quando o PSI-20 recuperava das fortes quedas dos atentados de dia 11 de Setembro nos EUA.
Relativamente à liquidez, foram negociados 2,3 mil milhões de euros na semana. Só na sessão a seguir ao anúncio do lançamento da OPA foram transaccionados mais de mil milhões de euros
PT soma 17,20% na semana
A Portugal Telecom [ptc] retomou hoje a tendência positiva depois de ontem ter caído mais de 1% e de ter levado a bolsa a registar a única queda da semana. Fechou a subir 0,31% para os 9,61 euros, mas acumulou uma valorização semanal de 17,20%, muito devido ao facto de ter disparado mais de 18% no dia a seguir ao anúncio da OPA.
Muitas foram as notícias e as análises acerca da operadora, que acabou por fechar hoje com ganhos, resistindo ao facto do ING ter revisto em baixa a recomendação para as suas acções de «compra» para «manter», porque considera pouco provável que seja lançada um Oferta Pública de Aquisição (OPA) concorrente sobre a operadora. Mesmo que surgisse outra empresa portuguesa a lançar uma oferta, esta casa de investimento acredita que não encontraria tanto apoio financeiro e político.
A sua participada, PT Multimédia [ptm] contrariou a tendência com uma queda de 0,8% para os 9,88 euros. No entanto, no que diz respeito à semana, seguiu os passos da casa-mãe ao registar uma subida de 2,81%. Relativamente à OPA da Sonae sobre a PTM, os analistas são unânimes em considerar o valor oferecido (9,03 euros por acção) muito baixo.
OPA contagia EDP e Banco BPI
Hoje, a Energias de Portugal [edp] foi porém o título que mais influenciou a subida do PSI-20 apesar de também não ter fugido ao contágio positivo que esta OPA teve nos títulos da bolsa em termos semanais. A eléctrica subiu 1,08% para os 2,81 euros beneficiando do facto do Citigroup ter aumentado o preço-alvo para as suas acções para os 3,25 euros, um valor que representa um potencial de valorização superior a 16%.
A melhoria da perspectiva para o sector em Espanha explica a melhoria da avaliação do banco de investimento, que diz que as acções da EDP devem continuar a subir, pois ainda transaccionam com desconto de 10% face às congéneres espanholas.
Na semana foi a terceira que mais valorizou (3,31%) a seguir ao Banco BPI [bpin] que corrigiu hoje dos ganhos e máximos alcançados na sessão de ontem com uma queda de 0,23% para os 4,40 euro. Na semana valorizou 4,02% «numa altura em que as atenções se viraram para o mercado português com este banco a ser um alvo mais apetecível», como explicou Luís Duarte do CaixaBI.
A restante banca fechou positiva quer na sessão quer na semana. O Banco Comercial Português [bcp] subiu 0,4% para os 2,51 euros e acumulou um ganho de 2,87% na semana. Já o Banco Espírito Santo [besnn] ganhou 0,37% para os 13,65 euros e subiu 1,47% na semana.
Ontem o presidente do BES esclareceu a posição do banco ao afirmar que Grupo Espírito Santo (GES) não está a preparar nenhuma OPA alternativa à da Sonae sobre a Portugal Telecom. O presidente do BES deixou ainda claro que considera o preço de 9,5 euros por acção oferecido pela Sonae inferior ao preço justo.
A Sonae SGPS [son], apesar de ter acumulado uma valorização semanal de 2,52%, foi o título que travou hoje maiores ganhos ao cair 0,81% para os 1,22 euros numa semana em que foi aplaudida pela sua iniciativa. A participada Sonaecom somou 0,28% para os 3,60 euros, tendo fechado a semana também positiva (1,98%).