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Banco de Inglaterra avisa que Reino Unido enfrenta riscos com vulnerabilidade nos mercados globais

As taxas de juro, que no Reino Unido se situam em 5,25%, subiram para níveis superiores aos esperados e o ambiente geopolítico piorou, principalmente no Médio Oriente, segundo a FPC (Financial Policy Committee).

Banco de Inglaterra terá em atenção o facto de a inflação estar a ceder. Mas ainda não é hora de mudar agulhas e aumento de juros é para continuar.
Andy Rain/Epa
Lusa 27 de Março de 2024 às 13:16
A economia do Reino Unido enfrenta riscos devido às vulnerabilidades nos mercados financeiros globais, bem como ao aumento das tensões políticas e às taxas de juro mais elevadas, alertou esta quarta-feira o Comité de Política Financeira (FPC) do Banco de Inglaterra.

As taxas de juro, que no Reino Unido se situam em 5,25%, subiram para níveis superiores aos esperados e o ambiente geopolítico piorou, principalmente no Médio Oriente, segundo a FPC (Financial Policy Committee).

O Comité cita como riscos para a estabilidade financeira do Reino Unido o setor imobiliário comercial, particularmente na China, onde já foram observadas vulnerabilidades, bem como o elevado nível de endividamento público nas principais economias.

No Reino Unido, a dívida acumulada do setor público britânico, excluindo os bancos públicos, ascendia a 2,65 biliões de libras (3,10 biliões de euros) no final de fevereiro, ou seja, 97,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Entretanto, o Comité considera que as perspetivas para as famílias britânicas melhoraram ligeiramente desde o final do ano passado, embora continuem pressionadas pelo aumento do custo de vida e das taxas de juro mais elevadas.

No entanto, considera que o aumento dos salários dos trabalhadores ajudou a reforçar as finanças das famílias no Reino Unido, apesar de cerca de 45% dos titulares de hipotecas no Reino Unido ainda estarem sob pressão do aumento do custo de vida e das taxas de juro mais elevadas.

A este respeito, o FPC salienta que o setor bancário do Reino Unido é suficientemente forte para apoiar as famílias e as empresas, mesmo que as condições económicas se agravem significativamente.

O Banco de Inglaterra mantém as taxas em níveis elevados como forma de controlar a inflação, que caiu para 3,4% nos doze meses até fevereiro último, contra 4% em janeiro deste ano. O banco espera que a inflação desça ligeiramente abaixo do objetivo de 2% no segundo trimestre de 2024.
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