A semana em oito gráficos: Greenvolt ajuda PSI a contrariar maré vermelha na Europa

A semana em oito gráficos: Greenvolt ajuda PSI a contrariar maré vermelha na Europa. Petróleo recua

A Europa registou a pior semana num mês. Por cá, a energia protegeu a bolsa de Lisboa da maré vermelha, tendo a Greenvolt batido um novo recorde. No mercado de dívida, os juros das obrigações portuguesas e das Bunds alemãs a dez anos renovaram máximos de meados de julho.

Stoxx 600 tem pior semana num mês

O índice de referência na Europa, o Stoxx 600, teve a pior semana num mês devido às preocupações dos investidores sobre a necessidade de subir juros para travar a inflação. O alemão DAX ultrapassou o Stoxx 600, enquanto o britânico FTSE 100 e o português PSI contrariaram.

Energia protege PSI contra as perdas

A principal montra da bolsa de Lisboa valorizou 1,55% no acumulado da semana, em contraciclo com o sentimento negativo que se viveu no resto da Europa. A beneficiar o índice PSI esteve a forte exposição ao setor das “utilities”, que teve um desempenho positivo.

Greenvolt atinge recordes

A Greenvolt foi a estrela no PSI ao renovar máximos duas vezes. As ações chegaram a tocar os 10,92 euros na quinta-feira, mas acabaram por aliviar no dia seguinte. Ainda na energia, a família EDP também registou dos maiores pulos. Os CTT deram o tombo mais expressivo.

Storskogen afunda para mínimos

A sueca Storskogen afundou em bolsa, tendo atingido mínimos históricos. Apesar da empresa ter apresentado resultados trimestrais acima do esperado, o anúncio de que iria adiar os planos para fazer a sua primeira emissão de “eurobonds” assustou os investidores.

Travão de Biden tomba moderna

A Moderna liderou as perdas no norte-americano S&P 500 depois do Wall Street Journal noticiar que a administração Biden pretende deixar de pagar as vacinas e tratamentos contra a covid-19. A aprovação da vacina da farmacêutica contra a variante omicrón no Reino Unido não chegou para impedir as perdas.

Euro cede à força do dólar

O euro voltou a aproximar-se da paridade com o dólar, tendo cedido durante três dias consecutivos contra a força da nota verde. A semana foi marcada pelas declarações de vários membros da Reserva Federal norte-americana (Fed), que apelaram à continuação da subida das taxas de juro.

Algodão escapa a mancha vermelha

O algodão foi o única das principais matérias-primas a valorizar na semana. Os preços avançaram após os alertas do International Cotton Advisory Comittee (ICAC) e do Departamento de Agricultura dos EUA, que apontam para uma queda na produção de algodão já a partir de outubro.

“Yield” nacional em máximos de um mês

Os juros das dívidas agravaram-se esta semana na Zona Euro, tendo as “yields” das obrigações portuguesas e alemãs renovado máximos do mês. O mercado está atento à pressão que está a ser exercida pela ala “falcão” do BCE sobre Christine Lagarde para subir mais os juros em setembro.