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66% dos portugueses está muito preocupado com a reforma

O Instituto BBVA de Pensões levou a cabo uma sondagem no passado mês de Setembro e concluiu que a grande maioria dos portugueses está preocupado com a reforma. Contudo, apenas um terço das famílias consegue poupar.

Bloomberg
02 de Dezembro de 2014 às 16:12
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O estudo "As pensões e os hábitos de poupança em Portugal" divulgado, esta terça-feira, 2 de Dezembro, pelo Instituto BBVA de Pensões, revela que 66% dos portugueses estão muito ou bastante preocupados com a reforma, o que compara com os 72% que apresentavam este nível de preocupação na sondagem realizada no ano passado.                      

 

À semelhança do ano passado, há a "percepção de grande preocupação na população portuguesa sobre a reforma", explicou Adelaide Cavaleiro, directora do BBVA Asset Management, em conferência de imprensa para apresentar a sondagem.

 

São sobretudo os aspectos económicos relacionados com a reforma que preocupam 63% dos inquiridos. Mas mais de metade (55%) das famílias considera estar pouco ou nada informada sobre estes temas, sendo que apenas 12% se dizem muito ou bastante informados.

 

A justificar o elevado nível de preocupação com o fim da vida activa poderá estar a consciência de que, nesta fase, poderão diminuir o nível de vida. 63% das famílias considera que quando chegar o momento da reforma, e contando unicamente com a pensão que espera receber da Segurança Social, o nível de vida seria pior ou muito pior do que o actual. As mulheres e grupo etário entre os 46 e 55 anos são quem percebe melhor esta situação.

 

Nesse sentido, 89% acredita que é necessário poupar para complementar a pensão que vai ser paga quando se reforme, menos do que os 93% que o defendiam no ano passado. A idade ideal para começar a poupar foi antecipada para os 29 anos face aos 33,2 anos fixados no ano passado.

 

Apesar da elevada preocupação com este tema, 66% dos inquiridos não consegue poupar parte dos rendimentos em casa. Ou seja, apenas um terço das famílias portuguesas declara que consegue poupar. E, destes que têm capacidade para poupar, a maior parte (34%) poupa 10% dos rendimentos.

 

A quantia média de poupança mensal dos portugueses situa-se nos 207,10 euros, sendo que a sondagem conseguiu identificar o perfil dos portugueses que conseguem poupar mais por mês: homem, entre os 46 e os 55 anos e classe social média-alta e alta.

 

Ainda dentro do grupo minoritário que tem capacidade de poupança, 79% fá-lo sem finalidade específica.

 

Este estudo teve como base a realização de 1.049 entrevistas telefónicas a residentes em Portugal, entre 13 a 21 de Setembro, apresentando um erro de amostragem de 3,09%.

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