Os investidores reagem aos resultados de cinco cotadas do principal índice nacional, três delas pesos pesados. O BCP anunciou lucros recorde, pelo menos desde 2007, de 906 milhões de euros no ano passado. Já a EDP Renováveis passou de lucros a prejuízos de 556 milhões. A culpa é, em parte, de Donald Trump, e das suas ordens executivas desde 20 de janeiro, o que levou a EDPR a registar imparidades no eólico offshore nos EUA. A casa-mãe EDP, ainda assim, lucrou 801 milhões no ano passado. Os lucros da Nos subiram para 273,1 milhões, um aumento anual superior a 50%, enquanto o resultado líquido da Mota-Engil ascendeu a um recorde de 123 milhões de euros, um aumento de 8% face a 2023.

Os mercados têm uma série de dados para avaliar em ambos os lados do Atlântico. Na Europa, destaque para o desemprego da Alemanha e para a inflação de Espanha, além da confiança do consumidor da Zona Euro em fevereiro, depois de uma subida na estimativa rápida. Nos EUA, está em foco o indicador preferido da Fed para a inflação, o índice de preços das despesas no consumo pessoal (PCE), mas também as leituras do PIB e dos pedidos de subsídio de desemprego.              

Os acionistas da empresa de media, antiga dona do Negócios, vão votar esta quinta-feira a dissolução da empresa e há pouco por onde falhar. É uma saída do mercado de capitais após quase 30 anos e com passagens pelo PSI-20. Com a dissolução da sociedade cada acionista deverá receber 10,262 euros por ação.

Os investidores vão também reagir aos resultados trimestrais da Nvidia, apresentados na quarta-feira após o fecho de Wall Street. As receitas dispararam 78% para 39,33 mil milhões de dólares no último trimestre, enquanto o lucro líquido cresceu 80%, atingindo os 22,1 mil milhões, superando as expectativas. O "guidance" para o trimestre atual também não dececionou, projetando vendas de 43 mil milhões de dólares.

O Banco de Portugal divulga os dados dos empréstimos e depósitos bancários referentes a janeiro. Em 2024 os empréstimos às famílias subiram ao ritmo mais rápido em 16 anos e os depósitos de particulares terminaram o ano passado em máximos de 1979.