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5 coisas que precisa de saber para começar o dia

Esta quinta-feira as relações entre os Estados Unidos e o Irão vão continuar a captar as atenções dos investidores.

09 de Janeiro de 2020 às 07:30
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EUA-Irão continuam a dominar atenções dos mercados

Na noite de terça-feira – já madrugada de quarta-feira no Iraque – o Irão lançou mais de uma dúzia de mísseis contra duas bases norte-americanas no Iraque, em resposta à morte do general Soleimani durante uma ofensiva dos EUA na passada sexta-feira. Trump esteve reunido de emergência com os seus conselheiros em segurança nacional, mas não falou ao país. Não deixou, contudo, de o fazer na sua rede social de eleição, tendo escrito "está tudo bem". Nas primeiras horas após serem conhecidos estes ataques, as bolsas norte-americanas perderam mais de 1% na negociação fora do horário regular ("after-hours"), com o petróleo a disparar e o mesmo a acontecer ao ouro – que é um valor-refúgio de eleição em alturas de incerteza.

 

No entanto, com o decorrer do dia de ontem, e com tudo a apontar para que não houvesse uma escalada das tensões – Teerão disse ter respondido de forma proporcional ao ataque que matou Soleimani e os EUA disseram que não morreu qualquer militar norte-americano, tendo os estragos nas instalações sido de pouca monta –, os investidores mostraram-se mais otimistas e regressaram às bolsas. Não só regressaram como a renovada confiança levou o S&P 500 e o Nasdaq para níveis nunca antes vistos. Também na Europa várias praças bolsistas encerraram no verde, ao passo que o petróleo e o ouro perderam fôlego.

 

Hoje, se a situação de acalmia se mantiver – ontem à noite chegou a haver um sobressalto com o relato da explosão de dois mísseis na zona das embaixadas em Bagdad –, os investidores poderão optar por continuar a apostar nas ações.

 

"House" analisa limitação de poderes de Trump para decidir ações militares

A porta-voz dos democratas norte-americanos na Câmara dos Representantes (House – câmara baixa do Congresso), Nancy Pelosi, declarou ontem que esta quinta-feira será analisada uma resolução sobre os poderes de guerra de Trump no Irão.

 

"Hoje, para honrar o dever de manter o povo norte-americano em segurança, a Câmara dos Representantes vai avançar com uma Resolução sobre Poderes de Guerra para limitar as ações militares do Presidente no que diz respeito ao Irão. Esta resolução, que será liderada pela congressista Elissa Slotkin, seguirá para o Comité das Regras esta noite e será levado amanhã até ao plenário", declarou Pelosi ontem ao fim do dia.

 

Será mais um aspeto a ter em conta pelos mercados, uma vez que as tensões geopolíticas têm afastado várias vezes os investidores das bolsas, que optam por ativos mais seguros, os chamados valores-refúgio, como o ouro, obrigações e divisas.

 

Discursos da Fed dominam política monetária nos EUA

Os discursos de vários responsáveis da Reserva Federal dos EUA (Fed) vão estar foco, com os investidores à procura de pistas sobre os próximos passos de política monetária.

 

James Bullard, da Fed de St. Louis, estará num evento com banqueiros no Wisconsin, enquanto Charles Evans, da Fed de Chicago, estará em Milwaukee a debater previsões para a economia. Já Richard Clarida, vice-presidente da Reserva Federal norte-americana, será orador num evento em Nova Iorque.

 

Dados económicos animam os dois lados do Atlântico

Por cá, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga as estatísticas do comércio internacional em novembro. No resto da Europa, destaque para a taxa de desemprego de novembro na Zona Euro e para os dados da balança comercial de novembro na Alemanha

 

Nos Estados Unidos teremos os números dos pedidos de subsídio de desemprego na semana passada.

 

Banco Mundial revê em baixa projeções de crecimento

O Banco Mundial reviu ontem em baixa as estimativas para o crescimento mundial – e da Zona Euro, em particular – este ano.

 

Os mercados poderão estar a reagir a este recuo nestas projeções. O Banco Mundial prevê um crescimento de 2,5% da economia mundial em 2020, um valor abaixo dos 2,7% projetados em junho, mas acima dos 2,4% estimados para 2019, e adverte que "os riscos negativos predominam".

 

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