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5 coisas que precisa de saber para começar o dia

Esta sexta-feira arranca, em Hamburgo, o encontro de dois dias entre as 20 maiores economias mundiais. Os investidores vão estar também atentos à evolução dos juros da dívida na Europa, em especial na Alemanha, e aos dados do desemprego nos EUA.

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Reunião do G20 arranca em Hamburgo

Arranca o encontro de dois dias do G20, que decorre em Hamburgo. Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Donald Trump, vão aproveitar o evento para realizarem uma reunião bilateral.

Na quarta-feira, a União Europeia anunciou ter encerrado as negociações com o Japão sobre os termos do que será o maior acordo comercial alguma vez assinado entre a UE e um país terceiro. Em vésperas da cimeira do G20, Bruxelas e Tóquio terão desejado enviar ao mundo um sinal de compromisso com o comércio livre numa altura em que os Estados Unidos estão a dar uma guinada proteccionista. Desde que assumiu a presidência, em 20 de Janeiro, Donald Trump confirmou a retirada dos EUA do Tratado de Associação Transpacífico (TPP) assinado com 11 países da região Ásia-Pacífico, entre eles o Japão.

Recorde-se que na reunião dos ministros das Finanças do G20, em Março passado, também na Alemanha, o proteccionismo e o acordo climático foram excluídos da declaração final das 20 maiores economias enquanto se esperava por uma posição final de Trump. O mesmo aconteceu com o G7 em Maio.



Desemprego nos EUA centra as atenções

Por cá, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga  o inquérito de conjuntura ao investimento no primeiro semestre de 2017, bem como o índice de volume de negócios, emprego, remunerações e horas trabalhadas na indústria, relativo a Maio. No resto da Europa, destaque para a produção industrial de Maio na Alemanha, França e Reino Unido.

Nos EUA, será conhecida a taxa de desemprego de Junho nos Estados Unidos. Actualmente, a taxa está em 4,3% - mínimos de 16 anos – e as estimativas apontam para que se mantenha neste nível. Uma evolução positiva nestes indicadores dará argumentos à Fed para prosseguir com o seu processo de normalização das taxas de juro.



Mercado atento aos juros da dívida alemã

Na sessão de ontem registou-se uma queda abrupta das obrigações alemãs (bunds), que levaram a "yield" dos títulos a 10 anos acima dos 0,5%, pela primeira vez desde Janeiro de 2016. Segundo a Bloomberg, a forte subida dos juros destes títulos de referência na Europa surgiu depois de um leilão de dívida a 30 anos em França ter atraído uma fraca procura, sinalizando o receio dos investidores com o corte de estímulos monetários por parte do Banco Central Europeu.

A subida dos juros das bunds alemãs (+9,4 pontos base para 0,564%) contagiou toda a dívida europeia, prolongando-se assim o movimento de fuga das obrigações, que iniciou com o discurso de Mario Draghi na semana passada em Sinta. A "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos, em Portugal, subiu 8 pontos base para 3,06%. Ainda assim, como os juros alemães subiram de forma mais expressiva, o "spread" da dívida portuguesa até baixou, situando-se abaixo dos 250 pontos base.


Os investidores vão estar hoje bastante atentos à evolução dos juros, até porque o desempenho das bunds na sessão de ontem pressionou as bolsas europeias, que acabaram por fechar no vermelho.


EDP Renováveis vai continuar a negociar acima da OPA?

Na sessão de ontem, em que arrancou a OPA da EDP sobre a EDP Renováveis, as acções da empresa de energia eólica terminaram o dia a cair quase 2%. Mas, ainda assim, continuam a negociar acima da contrapartida oferecida pela EDP, o que sugere que há investidores que ainda acreditam numa revisão da oferta. Algo que não é partilhado pelos analistas.

Recorde-se que a EDP anunciou que vai pagar 6,75 euros por cada acção da EDP Renováveis, preço ao qual já foram descontados os cinco cêntimos dos dividendos, da fatia de 22,5% que está nas mãos de accionistas minoritários. "Os detentores das ações que aceitem a oferta poderão revogar as suas declarações de aceitação até às 15h00 do dia 31 de julho de 2017", declarou o regulador de mercado. O apuramento e divulgação dos resultados da oferta vai ter lugar no dia 4 de Agosto.

 


Agências de rating focalizam-se na Europa

O calendário de eventuais revisões das notações soberanas está bastante preenchido esta sexta-feira, 7 de Julho, no que diz respeito à Europa. No entanto, recorde-se os relatórios sobre os ratings e perspectivas para as dívidas soberanas podem não ser publicados, uma vez que este agendamento é apenas indicativo.

A Moody’s poderá anunciar decisões relativamente aos ratings da União Europeia, Holanda e Hungria, ao passo que a Fitch poderá pronunciar-se em relação à Islândia, Irlanda e Polónia.

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