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Santander: Desconto da Sonaecom face à Zon supera os 30%
O banco de investimento espanhol emitiu uma nota de análise em que identifica uma “oportunidade de negociação” nas acções da Sonaecom, que se encontram subavaliadas em mais de 30% face ao valor implícito no acordo de fusão da Optimus com a Zon.
A unidade de análise do Santander tem um preço-alvo de 1,89 euros para as acções da Sonaecom e atribui uma recomendação “comprar” aos títulos. O valor de encerramento da Sonaecom e da Zon, confere um desconto exagerado às acções da dona da Optimus face à avaliação implícita no acordo de fusão das duas.
O banco espanhol baseia a avaliação da Sonaecom no acordo de troca de acções firmado pelas duas empresas no âmbito do acordo de fusão da Optimus com a Zon. Este determina um valor dos activos da dona da TV Cabo equivalente a 1,5 vezes o da terceira operadora móvel portuguesa.
“Consequentemente, existe uma forma fácil de calcular o valor líquido dos activos da Sonaecom a partir do preço da Zon”, lê-se na nota de análise. Segundo os valores de fecho das duas cotadas na sessão de quarta-feira, a Sonaecom tem uma avaliação implícita de 2,22 euros, refere o Santander. Assim, a cotada liderada por Ângelo Paupério negociou “novamente” a um desconto superior a 30%, referem.
“Esta é uma oportunidade de negociação para comprar a Sonaecom, tanto numa base absoluta como numa base de valor relativo à Zon já que consideramos este desconto excessivo”, refere o banco de investimento. O único risco que pesa sobre a operadora é regulativo e diz respeito à aprovação da fusão entre a Optimus e a Zon, lembram os analistas, dizendo que este tem um efeito “muito limitado” apesar de continuar a ser "incerto" o período que o regulador vai demorar a aprovar a operação.
“Na verdade, nós utilizamos um desconto de 10% para calcular o nosso actual preço-alvo [de 1,89 euros por acção] com base na cotação da Zon”, concluem os analistas.
As acções da Sonaecom seguem a valorizar 1,31% para 1,55 euros e o preço-alvo do Santander confere um potencial de valorização de 21,9% à cotada. A Zon recua 0,61% para 3,412 euros.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.