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Wall Street fecha com ganhos moderados. Investidores mantêm cautela
Os principais índices fecharam no verde, mas com ganhos ligeiros, travados pelos alertas de empresas e da Reserva Federal. "Flexibilidade" de Trump nas tarifas beneficiou as ações.
O principais índices dos EUA encerraram a última sessão da semana com ganhos ligeiros, depois de vários "outlooks" dececionantes de grandes empresas e alertas da Reserva Federal (Fed) terem deixado os investidores cautelosos.
O S&P 500 fechou em alta de 0,08% nos 5.667,23 pontos, evitando a quinta semana consecutiva de perdas, enquanto o Dow Jones subiu 0,8% para 41.985,35 pontos e o tecnológico Nasdaq ganhou 0,52% para 17.784,85 pontos.
As ações acabaram por valorizar ligeiramente no final da sessão, depois de Donald Trump ter dito que poderá haver alguma "flexibilidade" nas tarifas, apesar de manter o prazo de 2 de abril para as chamadas tarifas recíprocas.
O dia foi também marcado pela chamada "bruxaria tripla", em que expiram cerca de 4,5 biliões de dólares de contratos ligados a ações, índices e fundos e que normalmente aumenta a volatilidade na negociação.
O abrangente "benchmark" S&P 500 afastou-se dos mínimos da sessão e passou a ganhos, mas foi travado por previsões dececionantes de empresas como a FedEx Corp., Nike Inc., Micron Technology Inc. e Lennar Corp.
Estes fracos "outlooks" somaram-se aos alertas deixados pelo presidente da Fed, Jerome Powell, que disse na quarta-feira que as políticas comerciais da administração Trump estão a causar incerteza económica e a impulsionar as estimativas de inflação no curto prazo.
As ações dos EUA têm perdido biliões em valor de mercado desde o mês passado, com os receios sobre o abrandamento económico, os riscos geopolíticos e a revisão das elevadas avaliações das grandes tecnológicas.
O S&P 500 chegou a entrar em território de correção na semana passada e as recuperações foram fugazes. A volatilidade verificada em Wall Street desde o início do ano deve permanecer até ao segundo semestre, com os preços das ações a continuarem abaixo dos máximos do mês passado, de acordo com Michael Wilson, do Morgan Stanley, citado pela Bloomberg.
Nos principais movimentos de mercado, a Boeing Co. acelerou 3,06% depois de ter conseguido o contrato para a construção de um novo caça para a Força Aérea os EUA.