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Trump diz que não há "acordo parcial" com China e afunda bolsas
As bolsas norte-americanas abriram em alta, mas terminaram em terreno negativo. Além da volatilidade da bruxaria quádrupla, o facto de Donald Trump ter dito que não há um "acordo parcial" com a China para pôr fim à guerra comercial penalizou o sentimento dos investidores. O Dow Jones quebrou a barreira dos 27.000 pontos e o S&P 500 perfurou o patamar dos 3.000 pontos.
O Dow Jones encerrou a cair 0,59% para 26.935,07 pontos e o Standard & Poor’s 500 recuou 0,49% para 2.992,06 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite cedeu 0,80% para 8.117,67 pontos.
Os principais índices bolsistas do outro lado do Atlântico viveram uma sessão com a habitual volatilidade típica do dia de bruxaria quádrupla ("quadruple witching") – que ocorre nos mercados de ambos os lados do Atlântico. E quádrupla porque se dá o vencimento simultâneo de quatro contratos: futuros e opções sobre índices e sobre ações, tanto nos EUA como na Europa.
No entanto, foi o presidente norte-americano que contribuiu para as quedas mais pronunciadas no fecho da sessão. Donald Trump veio contrariar as expectativas de um entendimento comercial entre Washington e Pequim, ao dizer que não quer um "acordo parcial" com a China e que os eleitores não o castigarão pelo facto de a guerra comercial se manter durante a sua corrida de 2020 à reeleição como chefe da Casa Branca.
"Não quero um acordo parcial. Estou à procura de um acordo integral", declarou Trump, citado pela Bloomberg, numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, na Casa Branca.
Os investidores têm mantido uma grande expectativa de um acordo, pelo menos parcial, entre as duas maiores economias do mundo, que no início de outubro partem para uma nova ronda de conversações. Agora, com estas declarações de Trump, o pessimismo regressou.
Com estas declarações, Trump acabou por ofuscar o otimismo que se vivia na bolsa depois de na quarta-feira a Reserva Federal norte-americana ter cortado os juros diretores (pela segundo vez este ano) e ter sinalizado que poderá proceder a reduções mais profundas da taxa dos fundos federais se a economia do país se debilitar.
(notícia atualizada às 23:08)