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Transportes, banca e energia entusiasmam Wall Street. Microsoft vai a máximos
As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em alta, com o Dow a registar a sessão mais forte em mais de três meses num dia em que os investidores acorreram às cotadas da energia e de outros setores que se espera que tenham um desempenho de relevo numa altura em que a economia recupera da pandemia.
O Dow Jones fechou a somar 1,76%, para se fixar nos 33.876,97 pontos, naquela que foi a sessão mais robusta em mais de três meses. Isto quando vem da sua pior semana desde outubro.
Já o Standard & Poor’s 500 avançou 1,40%, para 4.224,79 pontos. O S&P 500, que inclui a banca, energia e outros setores sensíveis à evolução da economia, tem liderado os ganhos este ano nos EUA, a subir 0,9% desde janeiro.
Os 11 índices setoriais integrados no S&P 500 subiram todos, com a energia a disparar 4% numa altura em que os preços do petróleo continuam a ganhar terreno e a negociar em máximos de mais de dois anos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite ganhou 0,79% para 14.141,48 pontos.
A Microsoft encerrou com um acréscimo de 1,23% para 262,63 dólares, tendo durante a sessão atingido um máximo histórico nos 263,52 dólares.
A tecnológica comandada por Satya Nadella, que já lidera a computação na nuvem (a par com a Amazon e a Alphabet), está a expandir as suas capacidades na "cloud" e na inteligência artificial (IA) depois da aquisição da Nuance, fornecedora de relevo de IA conversacional e de inteligência clínica ambiental com base na nuvem para os prestadores de cuidados de saúde.
O Dow Jones Transports Average, considerado um barómetro do estado de saúde da economia, pulou 2%, ao passo que o índice Russell 2000 (que integra as cotadas de menor capitalização bolsista) valorizou 2,1%.
Os investidores acorreram às cotadas da energia e de outros setores que se espera que tenham um desempenho de relevo numa altura em que a economia recupera da pandemia.
A sessão de hoje contrastou fortemente com a de sexta-feira, quando os comentários do presidente da Fed de St. Louis, James Bullard – que disse na CNBC que vê um aumento inicial da taxa diretora a acontecer no final de 2022 –, desanimaram os intervenientes do mercado, que se apressaram a proceder à tomada de mais-valias.
Isto depois de a Fed ter dito dois dias antes que em finais de 2023 poderia subir os juros diretores duas vezes – o que já tinha desanimado o mercado, uma vez que em março o banco central tinha apontado para 2024 o início do aumento da taxa dos fundos federais.