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Retalho e EDP Renováveis ditam descida da bolsa

A bolsa nacional contrariou a tendência de ganhos que imperou no resto da Europa, com o setor do retalho e a EDP Renováveis a ditarem este desfecho.

Tiago Sousa Dias
16 de Maio de 2019 às 16:46
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O PSI-20 perdeu 0,05% para 5.129,04 pontos, com seis cotadas em queda, 11 em alta e uma inalterada. Entre as congéneres europeias a tendência foi de ganhos, depois de o dia ter arrancado com um sentimento negativo devido aos receios da guerra comercial entre os EUA e a China.

 

A ditar algum alívio de pressão está o facto de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter adiado por seis meses o seu veredicto sobre a imposição de tarifas à importação de automóveis, mantendo assim as negociações com a União Europeia e o Japão. Uma decisão que contribuiu para a subida do setor automóvel.

 

Na bolsa nacional, o setor do retalho destacou-se com a Sonae SGPS a perder 3,07% para 0,9305 euros, depois de ter apresentado os resultados do primeiro trimestre. A empresa agora liderada por Cláudia Azevedo anunciou um aumento dos lucros de 6,5% para 18,3 milhões de euros. Os analistas do BPI salientam a "evolução sólida" nas vendas na área alimentar, mas um desempenho "abaixo das estimativas" da Worten. Além disso, destacam os mesmos analistas, a dívida líquida da empresa foi "mais alta do que o esperado".

 

No caso da Jerónimo Martins a reação é a uma questão bem diferente. As ações da dona dos supermercados Pingo Doce fecharam o dia a cair 2,19% para 13,37 euros, o que corresponde à maior queda dos títulos desde 11 de dezembro. Esta descida surge depois de ter sido conhecida uma decisão do tribunal europeu de justiça que aumenta a probabilidade de ser aplicado um imposto sobre as retalhistas na Polónia, um mercado-chave para a Jerónimo Martins.

 

Determinante para a descida da bolsa nacional foi também a EDP Renováveis, com as ações a descerem 1,26% para 8,61 euros.

 

Já a EDP, que apresenta os seus resultados do primeiro trimestre do ano esta quinta-feira, fechou a sessão a subir 1,05% para 3,190 euros. Os analistas preveem que a elétrica liderada por António Mexia anuncie uma descida dos seus lucros de 23,5% para 127 milhões de euros.

A travar a queda do índice nacional esteve também o BCP, ao subir 0,87% para 0,2546 euros, bem como a Galp Energia, que apreciou 0,93% para 14,13 euros.

Fora da principal montra nacional, o PSI-20, houve quatro cotadas que atingiram mínimos de, pelo menos, 2016. A Sonae Indústria atingiu o valor mais baixo desde agosto de 2016 ao tocar nos 1,175 euros; a Glintt negociou num mínimo de dezembro de 2016 ao transacionar nos 0,164 euros; a Cofina tocou no nível mais baixo desde março de 2018 (0,464 euros) e a Teixeira Duarte num mínimo histórico, ao negociar nos 0,12 euros.

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