Notícia
PT e Galp Energia levam bolsa a contrariar perdas na Europa
Petrolífera sobe mais de 1% e operadora de telecomunicações continua a recuperar dos mínimos de 1996 que atingiu na última sessão.
A bolsa nacional voltou a inverter a tendência, agora para terreno positivo, beneficiando com as valorizações mais acentuadas das acções da Portugal Telecom e da Galp Energia.
O PSI-20 soma 0,25% para 5.419,66 pontos, com sete cotadas em alta, onze em queda e duas inalteradas. Nas restantes praças europeias a tendência é negativa, reagindo ao facto de o índice que mede a confiança dos empresários alemães, realizado pelo centro de pesquisa económica ZEW, ter recuado de 38,5 pontos em Junho para 36,3 pontos em Julho. Foi a primeira queda em três meses e surpreendeu pela negativa os economistas.
A Galp Energia é a cotada que mais impulsiona o índice português, com um ganho de 1,25% para 11,71 euros. A petrolífera continua a beneficiar com os resultados operacionais divulgados na segunda-feira, que apontam para uma subida na exploração de petróleo.
A Portugal Telecom avança 0,87% para 2,774 euros, continuando a recuperação encetada a meio da sessão de ontem. Esta segunda-feira, a PT chegou a negociar em mínimos de 1996 depois do banco de investimento Exane BPN Paribas ter reduzido o preço-alvo da empresa em 38% para 2,60 euros e a recomendação de “neutral” para “underperform”.
Na recta final da sessão, porém, a operadora de Henrique Granadeiro conseguiu inverter a tendência e fechou a apreciar 1,48% para 2,75 euros por título, beneficiando da notícia que a Oi ia encaixar 820 milhões de euros com dois negócios no Brasil.
Entre as restantes cotadas do sector das telecomunicações a tendência é negativa. A Zon Multimédia cede 0,97% para 3,67 euros e a Sonaecom cai 0,82% para 1,574 euros.
No sector financeiro a tendência é agora estável, numa sessão em que os juros da dívida pública continuam a aliviar dos máximos da semana passada. O BCP segue inalterado nos 0,087 euros, o BES cai 0,17% para 0,599 euros e o Banco BPI cede 0,57% para 0,874 euros.
O Banif continua a destacar-se pela negativa, tendo hoje ficado um novo mínimo histórico nos 3,5 cêntimos. As acções do banco liderado por Jorge Tomé cedem 12,2% para 3,6 cêntimos, tendo já perdido mais de metade do valor desde que arrancou o aumento de capital de 100 milhões de euros, no qual as novas acções serão vendidas a 1 cêntimo cada uma.
A influenciar o PSI-20 de forma positiva, a Jerónimo Martins ganha 0,41% para 16,015 euros e a EDP Renováveis valoriza 0,48% para 3,738 euros.