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Plano de Trump e subida do petróleo leva Wall Street para novos recordes

As principais bolsas norte-americanas abriram em alta esta sexta-feira, a estabelecerem novos máximos históricos, com os operadores a avaliarem de forma optimista as declarações de Trump sobre o seu plano "fenomenal" de reforma do IRC nas próximas "duas ou três semanas".

Reuters
10 de Fevereiro de 2017 às 14:43
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O índice industrial Dow Jones abriu a somar 0,25% para 20.223,20 pontos, que é um máximo de sempre – sendo o terceiro dia consecutivo a marcar recordes.

 

Também o Standard & Poor’s 500 segue a estabelecer novos máximos históricos, pela segunda sessão seguida, a avançar 0,20% para 2.312,41 pontos.

 

O índice tecnológico Nasdaq Composite acompanha a tendência, a ganhar 0,26% para 5.730,07 pontos – o valor mais alto de sempre.

 

A ajudar ao movimento positivo estiveram as declarações do presidente Donald Trump, que ontem prometeu para breve uma reforma fiscal para as empresas, que garante que será "fenomenal".

 

Segundo Binky Chadha, estratega do Deutsche Bank, a escalada das praças norte-americanas que se observou desde a vitória de Trump nas eleições presidenciais do passado dia 8 de Novembro "está apenas no início".

 

Numa nota de "research" divulgada pela Bloomberg, Chadha diz estar convicto de que o "rally" bolsista é simplesmente um reflexo da retirada do elemento de incerteza e estima que os ganhos recentes são para continuar, à medida que os lucros das empresas e a economia forem melhorando.

 

Numa altura em que mais de metade das empresas listadas no S&P 500 já apresentou as suas contas, o saldo é positivo: cerca de 75% superaram as estimativas para os lucros e perto de 50% registaram vendas acima do esperado, de acordo com os dados compilados pela Bloomberg.

 

Tal como ontem, também a valorização dos preços do petróleo está a contribuir para esta subida das bolsas do outro lado do Atlântico, dado que está a impulsionar os títulos ligados à energia.

 

Depois de ter fortalecido com o anúncio feito ontem de uma queda inesperada das reservas norte-americanas de gasolina, hoje o "ouro negro" prossegue em alta, animado pelo facto de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) estar a cumprir quase totalmente (90%) o corte de produção prometido.

 

No dia 28 de Setembro, em Argel, os membros do cartel – contra a generalidade das expectativas – chegaram a acordo para limitar a produção, algo que não acontecia há oito anos. A matéria-prima valorizou de imediato nos principais mercados internacionais. Mas o optimismo deu lugar à prudência e os investidores queriam mais provas, uma vez que essa redução não estava quantificada.

 

E então, a 30 de Novembro, em nova reunião da OPEP – desta vez em Viena – ficou decidido que a produção de crude seria cortada em 1,2 milhões de barris por dia a partir de Janeiro de 2017. A efectivação do compromisso assumido a 28 de Setembro deixou os mercados eufóricos, com a matéria-prima a disparar mais de 8% em Londres e Nova Iorque, para níveis que não se viam desde Fevereiro.

 

Logo no fim-de-semana seguinte, 11 produtores de fora do cartel assumiram o mesmo objectivo – estando a redução destes prevista em 600.000 barris diários (com a Rússia a assumir metade dessa meta).

 

No entanto, apesar de se manterem altistas, os ânimos acalmaram, dados os receios de que a OPEP uma vez mais não cumprisse aquilo a que se propunha. Agora, com os primeiros dados a saírem, o cartel mostrou estar a sério no seu compromisso. E apesar de a Agência Internacional da Energia (AIE) ter advertido para a possibilidade de estes cortes poderem ser "ofuscados" por aumentos de produção noutros países – como Brasil e EUA –, o mercado está a reagir com "alegria" e o optimismo dos investidores está a sustentar os preços.

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