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Palavras de Bernanke dão alento a Wall Street

Presidente da Reserva Federal afirmou que não há nenhum calendário pré-definido para a redução do valor do programa de compra de títulos de dívida, uma declaração que foi bem recebida nas bolsas.

17 de Julho de 2013 às 14:44
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Os mercados accionistas reagiram em alta às aguardadas palavras de Ben Bernanke, uma vez que o presidente da Reserva Federal afirmou que “não há de modo algum qualquer calendário pré-definido” para a retirada de estímulos à economia.

 

“Se a perspectiva para o desemprego ficar menos favorável, se a inflação não caminhar em direcção aos 2%, ou as condições financeiras forem consideradas não acomodatícias o suficiente para nos permitir atingir os objectivos do nosso mandato, o actual ritmo de compra [de títulos de dívida] pode ser mantido por mais tempo”, disse o presidente da Fed.

 

Foi o que os mercados queriam ouvir. As bolsas europeias estavam em terreno negativo e passaram a registar ganhos em torno de 1%. Em Lisboa aconteceu o mesmo com o PSI-20 agora a subir 1,01%.

 

Na abertura de Wall Street o sinal também foi verde. O S&P 500, que ontem interrompeu um ciclo de oito sessões sempre a subir, abriu a ganhar 0,2% para 1.680,36 pontos. O Dow Jones sobe 0,25% para 15.490,48 pontos e o Nasdaq avança 0,23% para 3.606,6 pontos.

 

“Os mercados estão a reagir ao facto de a Fed assegurar que não vai criar nenhuma definição arbitrária para definir quando e em quanto vai começar a reduzir o programa de compra de dívida”, afirmou um analista à Bloomberg.

 

Bernanke acrescentou que, por outro lado, se a economia crescer de forma mais rápida que o esperado e a inflação acelerar, “o ritmo de compra de obrigações pode ser reduzido de forma mais rápida”.

 

O presidente da Fed, na comunicação inicial perante o senado, deixou claro que os estímulos à economia só vão ser reduzidos quando a economia der sinais de crescimento mais forte, o que justifica a reacção positiva dos mercados. Os investidores temiam que a “saída de cena” da Fed representasse uma ameaça à retoma.

 

Bernanke adiantou ainda que a Fed vai manter no balanço os títulos de dívida que tem vindo a comprar nos últimos meses, reinvestindo os reembolsos dos títulos que chegarem à maturidade, com vista a manter pressão sobre os juros de longo prazo das obrigações.

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