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Lisboa lidera ganhos na Europa no dia seguinte à crise Temer

As cotadas com maior exposição ao mercado brasileiro foram das que mais avançaram na praça portuguesa no final desta semana, depois de Michel Temer, o presidente do Brasil, ter recusado demitir-se.

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19 de Maio de 2017 às 16:43
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A bolsa portuguesa terminou esta sexta-feira, 19 de Maio, com o maior ganho em mais de três semanas e a maior valorização da Europa, com o dia seguinte a nova crise política no Brasil a dar fortes valorizações às cotadas portuguesas com maior exposição àquele mercado.

O PSI-20 interrompeu uma série de três sessões consecutivas de perdas - a maior em dois meses - com um ganho de 2,03%, para 5.176,74 pontos, com as valorizações da Pharol, da EDP e da Galp a conduzirem o sinal positivo.

Ontem estas tinham sido as acções mais penalizadas pela abertura da crise política no Brasil, com a divulgação de gravações que sugerem o consentimento do presidente da república do Brasil, Michel Temer, de um esquema de suborno.

A hipótese de instabilidade política com uma possível nova queda do presidente levou a bolsa brasileira a fortes perdas e penalizou as empresas portuguesas com maior ligação àquela economia. Porém, a garantia de Temer de que não abandonaria o cargo reduziu parte da incerteza, pelo menos para já.

Esta sexta-feira, a Pharol recuperou e somou mais de 4% a acompanhar a subida das acções da Oi, de que é maior accionista, que na bolsa de São Paulo. Ali, os títulos da operadora avançam mais de 6%, recuperando parte da queda de 9,43% de ontem. 

Já a EDP ganhou 3,58% para 3,096 euros, enquanto a Galp - com operações no Brasil em aliança com a Petrobras - subiu 2,88% para 14,27 euros, "puxada" igualmente pela subida superior a 2% dos preços do petróleo nos EUA.

Mais de metade dos títulos em Lisboa registou ganhos superiores a 2%, com 17 títulos no verde, enquanto do lado das quedas estiveram apenas o BCP (caiu 0,37% para 0,2143 euros) e a Sonae Capital (-0,62% para 0,964 euros). 


A Nos foi também das que mais avançaram, com uma subida de 3,53% para 5,489 euros, no dia em que se soube que a Anacom aplicou uma multa de 348 mil euros à operadora pelo incumprimento de cláusulas contratuais da antiga Zon.

Entre os ganhos mais modestos esteve a Sonae - avançou 0,65% para 0,926 euros -, que esta quinta-feira reportou uma descida de 72% nos lucros e anunciou esta manhã a entrada no negócio de medicina dentária e estética.

Nas praças do Velho Continente, a alta desta sexta-feira não impede a Europa de encerrar a semana no vermelho, com o pior balanço semanal desde o início do ano.

A bolsa brasileira ganha 2,78%, a recuperar parte do tombo de 8% de ontem, enquanto em Nova Iorque esta está a ser a segunda sessão de ganhos. No mercado norte-americano são os resultados sólidos das empresas apresentados esta sexta-feira (como os da Autodesk ou da Deere & Co) a sobreporem-se às nuvens de incerteza criadas pelas ligações entre o presidente Donald Trump e a Rússia.


(Notícia actualizada às 17:00 com mais informação)

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