Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Fecho dos mercados: Matérias-primas animam bolsas europeias e travam ímpeto do dólar

A generalidade das "commodities", com destaque para o petróleo e para os metais industriais, segue em forte alta na sessão desta quarta-feira, a animar as praças do Velho Continente. Já o dólar travou o ímpeto de subida com estas valorizações.

Reuters
18 de Abril de 2018 às 17:21
  • ...

Os mercados em números

PSI-20 somou 0,78% para 5.500,80 pontos

Stoxx 600 ganhou 0,29% para 381,86 pontos

S&P 500 valoriza 0,33% para 2.715,19 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recuou 0,5 pontos base para 1,612%

Euro pula 0,08% para 1,380 dólares

Petróleo avança 1,98% para 73 dólares por barril em Londres

 

Sector mineiro dá alento às bolsas europeias

As bolsas do Velho Continente encerraram em alta, com quase todos os sectores no verde, sendo que o mineiro foi o que mais contribuiu para o movimento positivo com uma valorização superior a 4%. Também os sectores do petróleo e gás e da construção ajudaram ao bom desempenho das principais praças da Europa Ocidental, numa sessão em que o índice de referência europeu Stoxx 600 somou 0,29% para 381,86 pontos.

Por cá, o PSI-20 avançou 0,78% para 5.500,80 pontos, com 13 cotadas em alta, quatro em baixa e uma inalterada. A sustentar o índice de referência nacional estiveram sobretudo a Galp, CTT e Nos, sendo que o grupo EDP – que ontem foi o que deu mais gás à praça lisboeta – travou maiores ganhos.

 

Juros recuam na generalidade da Europa

As taxas de juro desceram na generalidade dos países europeus, com excepção da Alemanha. Por cá, as "yields" das obrigações 10 anos [que é o vencimento de referência] cederam 0,5 pontos base para 1,612%.

Já a taxa de juro implícita na dívida a 10 anos de Espanha recuou 0,2 pontos base para 1,219%, ao passo que a taxa das bunds alemãs a 10 anos subiu 2,1 pontos base para 0,528%. Em Itália, os juros de referência desceram 4 pontos base para 1,719%.

 

Euribor mantêm-se a 3, 9 e 12 meses e caem a 6 meses

A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, voltou a fixar-se em -0,328%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,332%. Já a taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez a 6 de Novembro de 2015, desceu 0,001 pontos para -0,271%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,279%, registado pela primeira vez a 31 de Janeiro.    

A nove meses, a Euribor manteve-se em -0,219%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,224%, registado pela primeira vez a 27 de Outubro do ano passado. No prazo a 12 meses, a taxa Euribor, que desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez a 5 de Fevereiro de 2015, permaneceu em -0,189%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,194%, verificado pela primeira vez a 18 de Dezembro passado.

 

Dólar trava ganhos com valorização das acções e "commodities"

O índice da Bloomberg para o dólar, que mede o comportamento da moeda norte-americana face a um cabaz com as principais divisas mundiais, travou os ganhos que estava a registar, devido à forte subida da maioria das matérias-primas e das bolsas.

O euro é uma das moedas que segue então a ganhar terreno face à divisa norte-americana, mas muito ligeiramente, com uma valorização de 0,08% para 1,2380 dólares.

 

Petróleo dispara para máximos de Dezembro de 2014

As cotações do crude seguem em terreno positivo, sustentadas pela queda das reservas norte-americanas de crude na semana passada, o que revela que o excedente dos inventários desta matéria-prima está a diminuir nos EUA.

Além disso, os investidores continuam atentos à evolução das tensões no Médio Oriente e aos sinais de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) poderá estender o seu plano de corte da produção. A Arábia Saudita, depois de na semana passada ter dito que visa ter o petróleo no patamar dos 80 dólares por barril, veio agora elevar essa perspectiva para os 100 dólares, o que também animou os mercados.

No mercado nova-iorquino, o crude de referência West Texas Intermediate segue a somar 2,33% para 68,07 dólares por barril, e em Londres o Brent do Mar do Norte – que serve de referência às importações portuguesas – está a negociar nos 73 dólares com uma subida de 1,98%.

 

Alumínio e níquel catapultam matérias-primas para níveis de Outubro de 2015

O alumínio continua a ganhar terreno, num período marcado pelas sanções dos EUA a empresas e oligarcas russos que atingiu fortemente a russa Rusal, uma das maiores produtoras deste metal industrial.

Na esteira do movimento positivo nos metais não-ferrosos, que está também a impulsionar o níquel, o índice CRB – um barómetro para as matérias-primas – segue a disparar mais de 1%, para 201,88 pontos, naquele que é o mais alto valor desde Outubro de 2015.

O níquel segue a escalar mais de 10% devido aos receios de que a prossecução das sanções à Rússia possa também atingir a Norilsk Nickel, a segunda maior produtora mundial.

Ver comentários
Saber mais PSI-20 Norilsk Nickel Velho Continente Europa Ocidental Galp CTT Nos OPEP Itália Euribor Organização dos Países Exportadores de Petróleo Brent Rusal bolsa
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio