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Fechada há três semanas, bolsa de Moscovo proíbe "short selling"
A decisão de banir estas vendas a descoberto, que permitem apostar na queda das ações, surge num momento em que a bolsa do país continua encerrada.
A bolsa de Moscovo proibiu as operações de venda a descoberto de algumas das maiores empresas russas, um movimento que indicia que os oficiais do país poderão estar a ponderar a reabertura do mercado acionista russo.
Os investidores não poderão "shortar" ações de 30 empresas russas, incluindo a Gazprom, Lukoil, Sberbank, MMC Norilsk Nickel e a Rosneft Oil Co, segundo adianta a Bloomberg, que cita um comunicado da bolsa russa. As proibições têm efeito esta terça-feira.
A proibição de "short selling" surge num momento em que o mercado russo está encerrado há três semanas, com a Rússia a ser alvo de sanções do Ocidente e o país com acesso a reservas estrangeiras limitado e o o bloqueio ao sistema de mensagens internacionais financeiras SWIFT.
O comunicado não refere, porém, quando a praça russa retoma a negociação, mas esta medida poderá ser o primeiro passo para a reabertura do mercado.
Outros mercados têm recorrido a proibições de vendas a descoberto em momentos de crise para reduzir a volatilidade no mercado. Em março de 2020, no pico da pandemia, países como Itália, França e Bélgica implementaram restrições ao "short selling".