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Energia e "big tech" travam otimismo de Wall Street

Dados do mercado laboral menos robustos não foram suficientes para segurar os índices norte-americanos no verde. Nvidia caiu mais de 2%.

Brendan Mcdermid/Reuters
06 de Dezembro de 2023 às 21:23
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Depois de um arranque em terreno positivo, as bolsas norte-americanas terminaram o dia com perdas. O entusiasmo relativamente à expectativa de uma política monetária mais suave, à boleia de dados do trabalho menos robustos nos Estados Unidos, foi ofuscado por um desempenho mais fraco no setor da energia e por parte de algumas gigantes tecnológicas.

O S&P 500 desvalorizou 0,39% para 4.549,37 pontos, o industrial Dow Jones perdeu 0,19% para 36.054,43 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite caiu 0,58% para 14.146,71 pontos. 

Entre as principais movimentações, a First Solar, produtora de painéis solares, caiu 6,5% e a Constellation Energy cedeu 4,8%. Nas "big tech", a Nvidia perdeu mais de 2%, no dia em que a Advanced Micro Devices anunciou novos "chips" que vão permitir executar "software" de inteligência artificial mais rápido do que os produtos rivais.

Também a Amazon e a Microsoft desvalorizaram mais de 1%, enquanto a Apple deslizou 0,57%.

Os índices terminaram com perdas, num dia em que os investidores privilegiaram ativos considerados mais seguros, como é o caso das obrigações e do ouro.

As atenções do mercado viram-se agora para o número de novos pedidos de subsídio de desemprego e para o número de postos de trabalhos criados. A aposta é que também estes mostrem um arrefecimento do mercado laboral. 

A expectativa quanto a uma menor robustez acentuou-se depois de um queda no número de vagas de emprego disponíveis e de um menor crescimento do que o esperado na contratação pelo setor privado. Em novembro, as empresas norte-americanas geraram 103 mil postos de trabalho, abaixo das estimativas dos analistas, segundo divulgou hoje a ADP. 

Apesar de não serem definitivos, os dados da ADP são considerados um barómetro para o relatório sobre o emprego que será publicado na sexta-feira pelo Departamento do Trabalho. 

Estes serão dados que a Reserva Federal (Fed) norte-americana terá em conta na próxima reunião de política monetária, que acontece a 12 e 13 de dezembro. Apesar de os investidores não esperarem mexidas nos juros, deste encontro - o último deste ano - sairá também a divulgação das projeções económicas, que podem trazer novidades sobre como a Fed vê a evolução dos juros.
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