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Chipre atira bancos da Grécia para desvalorizações acima de 5%

A proximidade entre gregos e cipriotas está a conduzir a bolsa helénica a fortes quedas na sessão de hoje, a primeira em que negoceia desde que foi conhecido a proposta de resgate financeiro ao Chipre.

19 de Março de 2013 às 12:19
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A bolsa da Grécia está a marcar uma desvalorização em torno de 3% na sessão de terça-feira, 19 de Março, a primeira em que negoceia desde que foi tornado público o plano de resgate ao Chipre, que inclui uma taxa sobre os depósitos bancários.

 

O índice das grandes empresas gregas perde 3% para os 303,45 pontos, enquanto o índice geral perde 2,58% para os 935,67 pontos. De acordo com os dados da Bloomberg, dos 60 membros que constituem este último índice, 55 estão a perder terreno.


A desvalorização sentida pela bolsa grega é a mais expressiva na Europa, já que os restantes índices estão também a cair mas com deslizes inferiores a 1%. As praças do Velho Continente já caíram na sessão de ontem, dia em que a Grécia não negociou devido a um feriado.

 

Assim, é a primeira vez que as acções helénicas estão a ser transaccionadas depois de o Eurogrupo, que reúne os ministros das Finanças dos países da Zona Euro, ter acordado com o Chipre a inclusão de taxas de impostos sobre os depósitos para financiar o resgate. A decisão trouxe receios de que pudesse haver uma fuga dos depósitos nos vários Estados-membros da Zona Euro, para a eventualidade dessa taxa vir a ser extensível a outros países - algo negado pelas autoridades europeias.

 

O Governo cipriota terá já avançado com uma nova proposta para que os depósitos inferiores a 20 mil euros sejam isentos da taxa, sendo que nos depósitos até 100 mil euros avançará uma taxa de 6,75%, e, para os restantes, o valor sobe para 9,9%.

 

Com os investidores a assinalarem a possibilidade de uma fuga de depósitos – embora considerem, ainda assim, improvável que venha a acontecer –, os bancos têm estado em forte queda na Europa. Na Grécia, isso não é excepção. O Ergasias Eurobank e o Alpha Bank recuam cerca de 5%, enquanto o Piraeus e o National Bank of Greece desvalorizam-se perto de 8%.


O impacto da decisão sobre o Chipre é relevante na Grécia porque os dois países estão muito ligados, tanto em termos culturais como económicos, embora os gregos tenham uma economia muito maior que a economia da ilha do Mediterrâneo.

 

Prova disso é que a Bolsa de Atenas suspendeu, temporariamente, a negociação das acções do Banco do Chipre e do Banco Popular do Chipre. No Chipre, as acções dos bancos não estão a ser transaccionados, decisão que se mantém até quinta-feira, onde se espera que haja já uma decisão sobre o imposto sobre os depósitos bancários. O mesmo deverá acontecer com as acções dos bancos cipriotas cotados em Atenas. 

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