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Bolsa nacional inalterada pela segunda vez em quatro dias

A praça lisboeta fechou a sessão inalterada, o que acontece pela segunda vez em quatro dias. Na Europa o sentimento dividiu-se num dia de fortes perdas da bolsa italiana.

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29 de Maio de 2017 às 16:41
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Num dia em que alternou entre ganhos e perdas, o PSI-20 fechou a sessão desta segunda-feira, 29 de Maio, inalterada nos 5.226,48 pontos, com 12 cotadas a negociar em alta e as restantes sete em queda. Nas principais praças europeias predominou o vermelho, numa sessão em que a bolsa italiana liderou as perdas ao transaccionar em mínimos de 3 de Maio.  


A pressionar a bolsa de Milão está o reforço da possibilidade de eleições antecipadas para o Outono. O recém-eleito secretário-geral do PD e ex-primeiro-ministro, Matteo Renzi, deu uma entrevista ao Il Messaggero em que afirmou que as eleições gerais transalpinas, agendadas para 2018, se deveriam antecipar para o Outono, o que, defendeu, reduziria a incerteza em torno do país e faria com que Itália permanecesse demasiado tempo sob os radares dos mercados, visto que depois das eleições alemãs de Setembro é o principal evento eleitoral na Europa.

 

As afirmações de Renzi provocaram um efeito negativo na bolsa italiana, penalizando em especial o sector financeiro transalpino, e também nos juros da dívida pública que reagiram em alta. 

Foi uma sessão de perdas para o sector energético, com a REN a desvalorizar 5,53% para 2,819 euros, num dia em que a cotada liderada por Rodrigo Costa negociou nos 2,81 euros, um mínimo de 4 de Maio, e em que descontou o dividendo de 17 cêntimos que vai ser remunerado aos accionistas. Excluindo este ajuste técnico, as acções da REN teriam subido 0,21%.

Também a EDP perdeu 0,28% para 3,186 euros, a EDP Renováveis resvalou 0,13% para 6,951 euros e a Galp Energia deslizou 0,54% para 13,78 euros.

Ainda a pressionar esteve a Jerónimo Martins que recuou 0,29% para 17,325 euros. Em sentido inverso, a Sonae somou 1,64% para 0,928 euros.

Em alta negociou o BCP, que ganhou 0,13% para 0,228 euros, a Nos, que cresceu 1,01% para 5,48 euros, e a Pharol, que avançou 0,38% para 0,266 euros, isto depois de na semana passada ter sido comunicado à CMVM que o
 Crédit Suisse Group reforçou, através de empresas por si controladas, a posição na Pharol, de 1,68% para 2,23%. 

No verde negociaram ainda os CTT que apreciaram 1,40% para 5,377 euros.

Fora do PSI-20 destaque para a Cimpor e para a Teixeira Duarte. A cimeiteira disparou 18,97% para 0,37 euros, num dia em que tocou em máximos de 16 de Março último, depois de na sexta-feira a maior accionista da empresa, a Camargo Côrrea, ter manifestado a intenção de retirar a cotada portuguesa de bolsa.

Já a construtora somou 17,86% para 0,363 euros num dia em que negociou no valor mais alto desde Dezembro de 2015, após no sábado os accionistas da empresa terem aprovado a distribuição de um dividendo bruto de 0,2 cêntimos por acção.


(Notícia actualizada às 16:56)

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