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BCP cai mais de 2% e ajuda bolsa a regressar às quedas
A bolsa nacional já inverteu da tendência de ganhos registada na abertura, numa altura em que o resto da Europa também já está pintada de vermelho. O BCP e a Altri estão a perder mais de 1,5%, destacando-se entre as cotadas.
O PSI-20 está a cair 0,37% para 4.840,91 pontos, numa altura em que 13 cotadas caem, quatro sobem e uma segue inalterada face à última sessão. A bolsa inverte assim da tendência positiva registada na abertura e acompanha a evolução das congéneres europeias, que também iniciaram o dia em alta e seguem em queda.
Os investidores continuam expectantes em relação à evolução da guerra comercial entre os EUA e a China; nervosos com a crise política em Itália; e, a juntar-se a estes receios está o adensar os protestos em Hong Kong, que já determinaram o cancelamento de todos os voos esta segunda-feira, com as autoridades a defenderem que há sinais de "terrorismo".
Na bolsa nacional, mais uma vez, é o BCP um dos grandes responsáveis pela tendência. As ações do banco liderado por Miguel Maya caem 2,20% para 0,2042 euros, sendo o terceiro banco que mais cai entre os membros do índice europeu para a banca, composto por 47instituições. Apenas o CYBG e o Deutsche Bank recuam mais, com quedas superiores a 2,5%.
O setor financeiro tem sido dos mais fustigados no recente "sell off", muito devido à perspetiva de manutenção de políticas de juros historicamente baixas, o que penaliza as margens dos bancos.
A queda do BCP surge no dia em que foi revelado que o banco poderá ficar com cerca de 10% do capital da Pharol, depois da High Bridge ter entrado em incumprimento.
A penalizar a negociação da bolsa está também o setor do papel, com a Altri a destacar-se ao recuar 1,73% para 5,41 euros. Ainda assim, não é um comportamento exclusivo da empresa coliderada por Borges de Oliveira e Paulo Fernandes, também CEO da Cofina – dona do Negócios -, a Navigator cede 0,77% para 2,838 euros, enquanto a Semapa perde 2,23% para 11,40 euros.
A Galp Energia também está a pressionar, ao cair 0,77% para 12,965 euros, numa altura em que os preços do petróleo estão a recuar cerca de 1% no mercado londrino (referência para Portugal para 58 dólares por barril. Uma queda que é justificada pelos receios de uma contração da economia mundial.
Do lado oposto e a evitar uma queda mais pronunciada está o grupo EDP, com a elétrica a subir 0,59% para 3,388 euros e a EDP Renováveis a ganhar 0,62% para 9,74 euros, tendo já renovado esta manhã o novo máximo histórico.