Notícia
A semana em oito gráficos: Volatilidade impera nas bolsas. Petróleo cai
As bolsas europeias e norte-americanas registaram uma semana volátil. A impulsionar estiveram boas contas trimestrais de muitas cotadas e a pressionar continuou a estar o receio de uma recessão mundial. Já os preços do petróleo caíram fortemente.
Stoxx 600 recua
A divulgação de resultados trimestrais acima do esperado continuou a animar algumas bolsas europeias, como Madrid, Frankfurt e Londres, mas os receios de recessão e de novas subidas de juro agressivas por parte da Fed retiraram fôlego a outras, sobretudo ao índice de referência Stoxx 600 – tendência que também se observou em Wall Street.
PSI cai na semana
O índice de referência nacional cedeu 0,76% na semana, tendo assim reduzido para 9,11% o seu ganho no acumulado do ano. O PSI acompanhou o mau momento de algumas praças do Velho Continente, tendo tido a pior performance da Europa Ocidental, penalizado pelo retalho e papel.
Retalho e papel pressionam Lisboa
As cotadas do retalho e do papel e pasta de papel estiveram entre os piores desempenhos do PSI no cômputo de segunda a sexta-feira. Especial destaque para a Altri, que caiu mais de 8%, penalizada por notas de “research” negativas. Ainda no mesmo setor, também a Navigator perdeu brilho.
Avast dispara 48%
A empresa checa de antivírus teve o melhor desempenho da Europa ocidental, ao disparar 48%, ajudando assim a travar as perdas do Stoox 600. Isto depois depois de o regulador britânico ter dado luz verde à compra da Norton por parte da Avast no valor de 8 mil milhões de dólares (7,4 mil milhões de euros).
Epam sobe 18% com resultados
A norte-americana Epam foi a melhor cotada do indíce de referência mundial, S&P 500, contribuindo para diminuir as suas perdas. A empresa de software subiu 12% apenas num dia, depois de ter reportado os resultados do segundo trimestre do ano, que ficaram acima do esperado, e de ter revisto em alta o crescimento para o terceiro trimestre do ano.
Dólar perde contra o iene
O dólar perdeu força face ao iene japonês, devido às preocupações com a recessão nos EUA (cuja economia recua há dois trimestres). Nos últimos dias, a recuperação surpresa na produção industrial em julho aliviou a tendência. Já no caso do par euro-dólar, foi a moeda única é a perder terreno.
Petróleo cede mais de 13% em Londres
Os preços do Brent, crude de referência para a Europa, cederam terreno em Londres e encerraram a semana em torno dos níveis mais baixos desde fevereiro, com os receios de uma recessão mundial a convidarem os investidores à prudência.
Juros de Itália aliviam, a a contrariar resto do Euro
A semana foi de agravamento nos juros das dívidas públicas, com o disparo das Treasuries norte-americanas a destacar-se. Na Zona Euro, a “yield” de Portugal subiu menos que as Bunds alemãs. Itália contrariou, aliviando após os fortes aumentos das últimas semanas com a crise política.
Carla Pedro
cpedro@negocios.pt
|
Leonor Mateus Ferreira
leonorferreira@negocios.pt
|
Diogo Mendo Fernandes
diogofernandes@negocios.pt
06 de Agosto de 2022 às 09:30