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A semana em oito gráficos: Queda geral nas bolsas. Petróleo prossegue ganhos
As principais bolsas arrancaram o mês de julho com saldo negativo. Nos EUA, a semana de negociação foi mais curta devido ao feriado do Dia da Independência. As maiores quedas aconteceram na quinta-feira, com os renovados receios de mais aumentos de juros nos EUA devido à resiliência da economia do país. O petróleo, em contrapartida, subiu pela segunda semana consecutiva.
PSI é o menos castigado
As principais bolsas fecharam a primeira semana de julho com perdas. No caso de Wall Street, a negociação foi de apenas três dias e meio, devido ao feriado do Dia da Independência. As maiores quedas aconteceram na quinta-feira, com os dados da ADP sobre a criação de emprego no setor privado dos EUA a gerarem receios de que a Fed possa prolongar a política monetária mais dura. Lisboa conseguiu, no entanto, limitar as perdas.
Lisboa arranca julho em alta mas perde força
Apesar de um início da semana com fortes ganhos, a bolsa de Lisboa não resistiu aos receios que assolaram as principais bolsas, tendo acabado por fechar a semana com quedas. O maior tombou deu-se na quinta-feira, quando desvalorizou 1,41%, contagiada pelo sentimento de que a Fed poderá subir mais os juros devido à resiliência da economia dos EUA. Na sexta-feira atenuou ligeiramente as perdas semanais.
Energéticas penalizam bolsa de Lisboa
O setor da energia foi o que mais castigou o PSI, acompanhando o desempenho do resto da Europa. A EDP Renováveis e a EDP perderam quase 6%, numa semana em que foi divulgado que o fundo soberano da Noruega aumentou a participação na empresa liderada por Miguel Stilwell. Já a Greenvolt cedeu mais de 3%. Em contrapartida, a Sonae foi a que mais valorizou, numa semana em que confirmou o fim da parceria com o grupo JD Sports, o que resultará num encaixe de 300 milhões.
OSB regista maior queda desde 2016
Dissabores da Nike prosseguem
A fabricante norte-americana de equipamento desportivo Nike foi a cotada do S&P 500 que mais caiu, continuando a ser pressionada pelos resultados do quarto trimestre, que desiludiram o mercado.
Euro brilha perante dólar e iene
A moeda única europeia valorizou face à divisa norte-americana e ao iene, tendo subido 0,53% e 0,99%, respetivamente, no acumulado dos cinco dias. O euro brilhou numa semana em que o vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, se mostrou otimista quanto à possibilidade de a inflação subjacente estar perto de atingir o pico.
Novo corte na produção dá gás a petróleo
O ouro negro fechou a segunda semana consecutiva de ganhos, impulsionado por um novo corte da oferta por parte da Arábia Saudita e da Rússia. Riade não só vai prolongar em agosto o corte unilateral de um milhão de barris por dia como vai também aumentar de forma significativa os preços de crude para o EUA, Europa, Mediterrâneo. Já Moscovo anunciou uma redução de meio milhão de barris diários nas exportações.
Fuga da dívida soberana coloca juros a subir
Uma menor aposta dos investidores nas obrigações levou a que os juros se agravassem, tanto na Zona Euro como nos Estados Unidos. Do outro lado do Atlântico, a perspetiva de que a Reserva Federal norte-americana poderá subir ainda mais a sua taxa diretora levou as “yields” da dívida a dois anos a atingirem o valor mais alto desde 2007 e a superarem a emissão a 10 anos. Uma tendência que tende a ser vista como sinal de alerta.