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A semana em oito gráficos: Bolsas mundiais sobem, mas receios com banca prosseguem
As bolsas mundiais tiveram um saldo positivo, apesar da queda de sexta-feira por conta dos renovados receios em torno da estabilidade do setor financeiro, com o Deutsche Bank a afundar e o custo do seguro da sua dívida contra o risco de incumprimento a disparar para máximos de mais de oito anos.
Europa sobe mas receios mantêm-se
Com a compra do Credit Suisse pelo UBS, os receios atenuaram-se nas primeiras sessões da semana nas bolsas europeias. A queda de sexta-feira não impediu um saldo positivo do Stoxx 600, mas a corrida a ativos-refúgio sinaliza uma renovada preocupação dos investidores. A banca teve a terceira semana de perdas.
PSI valoriza na semana
O índice de referência nacional teve uma subida ligeira no acumulado da semana, com alguns títulos da energia, bem como a Jerónimo Martins, a travarem ganhos mais expressivos. Isto numa altura em que o setor financeiro continua a suscitar preocupação em todo o mundo.
Greenvol lidera quedas em Lisboa
A Greenvolt fechou a semana com a maior desvalorização entre as cotadas do PSI, apesar de ter reportado uma duplicação dos lucros na apresentação das contas de 2022. Já a Altri liderou as subidas, após anunciar na quinta-feira um aumento de 23% dos lucros do ano passado.
Credit Suisse pressiona Stoxx 600
O Credit Suisse foi o título que mais caiu na Europa, apesar do anúncio da sua compra pelo conterrâneo UBS devido aos apuros financeiros. Na sexta-feira também o Deutsche Bank afundou, no que foi apelidado de “pânico irracional”, e o indicador do risco de incumprimento dos bancos europeus disparou.
First Republic penaliza S&P500
O banco norte-americano First Republic caiu mais de 45% na semana passada, tendo tido o pior desempenho entre as cotadas do Standard & Poor’s 500. E isto porque, depois da queda de três bancos regionais no país, também o First Republic estar agora a revelar dificuldades.
Euro avança contra moedas de peso
A moeda única europeia ganhou terreno esta semana face a moedas como o dólar e a libra, tendo ficado inalterada perante o iene. Mas no final da semana a nota verde já estava a recuperar robustez devido ao seu estatuto de valor-refúgio e num cenário de novas subidas dos juros diretores até ao final do ano.
Petróleo sobe perto de 3% em Londres
Os preços do Brent subiram 2,77% esta semana em Londres, apesar das quebras devido à turbulência no setor da banca, que se receia que possa mexer com a procura por crude. A maior procura por gasolina nos Estados Unidos ajudou à tendência positiva.
Só juros das Bunds subiram
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro e dos EUA desceram quase generalizadamente, dada a maior procura por obrigações, que são um ativo considerado seguro. A exceção foi a “yield” da dívida alemã a 10 anos – referência para o bloco europeu –, num final de semana em que o Deutsche Bank afundou em bolsa.