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IMF – FED e BoE mantiveram taxas de juro inalteradas

BoE e FED mantiveram taxas de juro inalteradas; Petróleo perdeu terreno; Ouro com resistência a $2000/onça.

| BoE manteve taxas de juro inalteradas

O Banco de Inglaterra (BoE) decidiu manter as suas taxas de juro de referência inalteradas em máximos de 15 anos e descartou a possibilidade de efetuar cortes em breve para ajudar à recuperação da economia. O BoE disse prever que os custos de empréstimos permaneçam elevados e que, até ao momento, ainda só se sentiu o efeito na economia de apenas metade dos aumentos de taxas efetuados. A decisão teve uma votação de 6 a favor de uma pausa e 3 a favor de um incremento (!). O BoE afirmou ainda que a política monetária precisaria de permanecer restritiva por um período prolongado, havendo ainda uma possibilidade de se realizarem subidas adicionais, caso a inflação continue a ser uma preocupação para a instituição. Esta decisão segue a declaração anterior do Banco Central em setembro de que as taxas precisariam de permanecer "suficientemente restritivas por um período suficientemente longo". Numa outra nota, o setor dos serviços do Reino Unido sofreu uma perda de dinamismo pelo 3º mês consecutivo em outubro, aumentando os sinais de que a economia poderá vir a ter um final de ano fraco em 2023. Assim, o PMI dos Serviços melhorou para 49.5 pontos no mês de outubro, acima dos 49.2 pontos registados na leitura preliminar e dos 49.3 registados em setembro. No entanto, esta leitura marcou o 3º mês consecutivo em que o indicador contraiu, enquanto permanece abaixo da linha dos 50 pontos que separa a expansão da contração.

Na última semana, o Eur/Gbp renovou máximos de maio do ano corrente nas £0.8753, tendo posteriormente recuado ao ponto de quebrar em baixa o suporte das £0.8700. O próximo suporte para o par está presente nas £0.8660.

| FED manteve taxas de juro inalteradas

A FED também manteve as suas taxas de juro inalteradas, numa altura em que os responsáveis se esforçam por determinar se as condições monetárias já estão suficientemente restritivas para controlar a inflação. Jerome Powell, Presidente da FED, afirmou que, dadas as incertezas, a melhor forma de agir por agora será manter a taxa de juro de referência inalterada e avaliar como evoluem os dados relativos ao emprego e aos preços até à próxima reunião em dezembro. Adicionou ainda que os membros da FED estão dispostos a subir novamente as taxas de juro se o progresso no controlo da inflação estagnar, tentando, no entanto, não perturbar mais do que o necessário a dinâmica atual de crescimento estável do emprego e dos salários.

Já na Europa, a inflação da Zona Euro abrandou em outubro e a economia contraiu, ilustrando o duplo impacto das subidas consecutivas de taxas de juros do BCE. A inflação homóloga harmonizada da Zona Euro recuou para 2.9% em outubro, renovando mínimos de julho de 2021, quando o mercado esperava uma queda para 3.1%, após os 4.3% em setembro. A inflação subjacente, que exclui os componentes mais voláteis, recuou para 4.2%, em termos homólogos, dentro do esperado, face aos 4.5% registados no mês anterior. Este abrandamento da inflação está a ser acompanhado de um abrandamento económico, com o PIB da Zona Euro a contrair em 0.1%, em cadeia, no 3º trimestre, enquanto o mercado esperava uma estagnação.

O Eur/Usd teve uma semana estável até sexta-feira, ao oscilar em torno dos $1.06. No entanto, na sexta-feira o euro reagiu em alta a fracos números do emprego, a ponto de quebrar em alta a resistência dos $1.0700 e renovar máximos de setembro a $1.0735.

| Petróleo perdeu terreno

O preço do petróleo recuou na globalidade da semana, enquanto a preocupação sobre um escalar do conflito geopolítico para outros países do Médio Oriente continuou a afetar as expectativas do mercado.

No início da última semana, o petróleo voltou a desvalorizar, ao ponto de quebrar em baixa o suporte dos $82, tendo encontrado algum suporte no nível dos $80. Posteriormente, o "ouro negro" ressaltou mantendo, no entanto, uma variação semanal negativa.

| Ouro com resistência nos $2000/onça

O preço do ouro manteve-se estável ligeiramente abaixo dos $2000/onça, enquanto, os dados de emprego de outubro dos EUA, abaixo do esperado, aumentaram as expectativas do mercado de que a FED já terá terminado de subir as taxas de juro de referência.

O ouro falhou o seu teste à resistência perto dos $2000/onça no final da semana anterior, tendo na última semana desvalorizado ligeiramente, enquanto se prepara para realizar um novo teste à resistência em questão.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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