Notícia
Resultados do Grupo Auto-Industrial com uma tendência crescente
Grupo Auto-Industrial apresentou 3,3 M de resultados em 2009 e espera melhoria significativa em 2010
03 de Maio de 2010 às 19:36
(Actualização de notação financeira já emitida)
A Companhia Portuguesa de Rating, S.A. (CPR) é de opinião que a capacidade da Auto-Industrial, S.A. (Auto-Industrial) e da CAM - Camiões Automóveis e Motores, S.A honrarem atempadamente os compromissos financeiros de curto prazo sujeitos a follow-up mantém-se forte (A-2), com tendência positiva. Dado que as emissões de papel comercial realizadas ao abrigo dos programas de 7,5 milhões de euros (M€) e de 5,0 M€ beneficiam de garantia de reembolso integral e atempado prestada pelo Banco Espírito Santo, S.A., a capacidade de pagamento atempado das emissões de papel comercial realizadas ao abrigo deste programa é muito forte (A-1), com tendência estável.
2009 para o Grupo Auto-Industrial foi um ano marcado pelo processo de integração da Tecnicrédito SGPS no Grupo Banif, que transformou o Grupo num dos accionistas de referência do Grupo Banif, e por uma prestação do Grupo superior ao mercado na área automóvel, o que se traduziu numa significativa melhoria do resultado líquido do Grupo.
Integração da Tecnicrédito SGPS no Grupo Banif
No âmbito do processo de integração referido a Auto-Industrial deixou de deter 53,83% da Tecnicrédito SGPS para passar a deter 63,49% da Auto-industriaI, SGPS, S.A. (AI SGPS), que detém 12,1% da Banif SGPS e 59,4 milhões de valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis (VMOCs) em acções da Banif SGPS (com um factor de conversão de 1, pelo que a participação do Grupo na Banif SGPS pode elevar-se a 21,2%). Para além dos títulos referidos a AI SGPS também recebeu, já em 2010, 15,1 M€ de contrapartida monetária.
O Grupo Banif apresentou um resultado consolidado líquido de 54,1 M€ em 2009, menos 5,1 M€ do que em 2008. A integração do Grupo Tecnicrédito teve um impacto muito positivo nos resultados, mas tal foi mais do que compensado pelos fortes incrementos das provisões e imparidades líquidas. Sobre este resultado será distribuído um dividendo de 0,04 euros por acção, pelo que a AI SGPS, deverá receber em 2010 6,5 M€ entre dividendo e remuneração dos VMOCs.
O mercado automóvel nacional seguiu em 2009 a tendência negativa da maior parte dos mercados europeus, com um decréscimo de 25,6% nas vendas, para 199,9 mil veículos ligeiros (acompanhado por um empobrecimento do mix de vendas). A magnitude das quebras teve tendência para se reduzir ao longo de 2009 e os primeiros meses de 2010 têm apresentado fortes crescimentos, embora ainda insuficientes para o regresso aos valores de vendas normais pré-crise.
Grupo Auto-Industrial Supera Mercado
A performance do Grupo Auto-Industrial foi superior à do mercado e à do conjunto de marcas que representa, com um decréscimo de vendas de 24,6%, para 7 440 unidades, em 2009, e um crescimento de 59,9%, para 1 292 unidades, nos primeiros dois meses de 2010. Como corolário destas prestações o Grupo logrou manter a sua quota de mercado em 2009 nos 3,7% e aumentar a quota de mercado no primeiro bimestre de 2010 em 0,2 pp, para 3,6%. As vendas de veículos usados por parte do Grupo aumentaram 12,1%, para 5 593 unidades, em 2009, e 29,6%, para 1 041 unidades, nos primeiros dois meses de 2010, superando largamente o mercado global.
O volume de negócios do Grupo AI diminuiu 10,3% em 2009, fixando-se em 266,5 M€, devido à quebra das vendas de veículos automóveis novos, mas, fruto do incremento das margens unitárias, da contenção de custos, dos proveitos com a alienação e permuta de imobilizado e da forte redução das amortizações, dos ajustamentos e dos custos financeiros, o resultado consolidado líquido do Grupo Auto-Industrial recuperou dos 1,5 M€ de prejuízo de 2008 para um lucro de 3,3 M€ em 2009.
O activo do Grupo aumentou 9,5% em 2009, para 315,6 M€, devido essencialmente à operação de integração da Tecnicrédito SGPS no Grupo Banif, efeito compensado parcialmente pelo impacto da redução da actividade, em que se destaca o decréscimo de 17,7% nas existências, que reflecte o sucesso que o Grupo teve na optimização deste item, um pilar central da sua estratégia para 2009. A autonomia financeira do Grupo AI no fim de 2009 era de 38,8% (passando para 59,1% com a inclusão de interesses minoritários).
Previsões de Melhoria de Resultados
O Grupo Auto-Industrial inscreveu no seu orçamento um crescimento de 5,8%, para 7 872 veículos novos, e um ligeiro crescimento, para 5 610 veículos usados, o que lhe permitiria melhorar os resultados antes de impostos, excluindo a actividade financeira (sendo que a actividade financeira também deverá ver os seus rendimentos aumentarem para cerca de 7,0 M€). A dívida financeira do Grupo deverá continuar a reduzir-se ao longo de 2010.
O cenário orçamental que o Grupo traçou parece conservador, à luz da performance dos primeiros meses do ano e à evolução positiva que se espera para a marca Opel (com a estabilização da situação do Grupo General Motors, a clarificação quanto à manutenção da marca neste grupo e o lançamento do novo Opel Astra), mas é de salientar que a evolução da economia portuguesa está rodeada de um nível muito elevado de incerteza, nomeadamente no que diz respeito aos efeitos que a crise das finanças públicas terá na economia real (que, mesmo sem a ocorrência dum factor disruptivo, deverá crescer muito moderadamente).
A Companhia Portuguesa de Rating, S.A. (CPR) é de opinião que a capacidade da Auto-Industrial, S.A. (Auto-Industrial) e da CAM - Camiões Automóveis e Motores, S.A honrarem atempadamente os compromissos financeiros de curto prazo sujeitos a follow-up mantém-se forte (A-2), com tendência positiva. Dado que as emissões de papel comercial realizadas ao abrigo dos programas de 7,5 milhões de euros (M€) e de 5,0 M€ beneficiam de garantia de reembolso integral e atempado prestada pelo Banco Espírito Santo, S.A., a capacidade de pagamento atempado das emissões de papel comercial realizadas ao abrigo deste programa é muito forte (A-1), com tendência estável.
Integração da Tecnicrédito SGPS no Grupo Banif
No âmbito do processo de integração referido a Auto-Industrial deixou de deter 53,83% da Tecnicrédito SGPS para passar a deter 63,49% da Auto-industriaI, SGPS, S.A. (AI SGPS), que detém 12,1% da Banif SGPS e 59,4 milhões de valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis (VMOCs) em acções da Banif SGPS (com um factor de conversão de 1, pelo que a participação do Grupo na Banif SGPS pode elevar-se a 21,2%). Para além dos títulos referidos a AI SGPS também recebeu, já em 2010, 15,1 M€ de contrapartida monetária.
O Grupo Banif apresentou um resultado consolidado líquido de 54,1 M€ em 2009, menos 5,1 M€ do que em 2008. A integração do Grupo Tecnicrédito teve um impacto muito positivo nos resultados, mas tal foi mais do que compensado pelos fortes incrementos das provisões e imparidades líquidas. Sobre este resultado será distribuído um dividendo de 0,04 euros por acção, pelo que a AI SGPS, deverá receber em 2010 6,5 M€ entre dividendo e remuneração dos VMOCs.
O mercado automóvel nacional seguiu em 2009 a tendência negativa da maior parte dos mercados europeus, com um decréscimo de 25,6% nas vendas, para 199,9 mil veículos ligeiros (acompanhado por um empobrecimento do mix de vendas). A magnitude das quebras teve tendência para se reduzir ao longo de 2009 e os primeiros meses de 2010 têm apresentado fortes crescimentos, embora ainda insuficientes para o regresso aos valores de vendas normais pré-crise.
Grupo Auto-Industrial Supera Mercado
A performance do Grupo Auto-Industrial foi superior à do mercado e à do conjunto de marcas que representa, com um decréscimo de vendas de 24,6%, para 7 440 unidades, em 2009, e um crescimento de 59,9%, para 1 292 unidades, nos primeiros dois meses de 2010. Como corolário destas prestações o Grupo logrou manter a sua quota de mercado em 2009 nos 3,7% e aumentar a quota de mercado no primeiro bimestre de 2010 em 0,2 pp, para 3,6%. As vendas de veículos usados por parte do Grupo aumentaram 12,1%, para 5 593 unidades, em 2009, e 29,6%, para 1 041 unidades, nos primeiros dois meses de 2010, superando largamente o mercado global.
O volume de negócios do Grupo AI diminuiu 10,3% em 2009, fixando-se em 266,5 M€, devido à quebra das vendas de veículos automóveis novos, mas, fruto do incremento das margens unitárias, da contenção de custos, dos proveitos com a alienação e permuta de imobilizado e da forte redução das amortizações, dos ajustamentos e dos custos financeiros, o resultado consolidado líquido do Grupo Auto-Industrial recuperou dos 1,5 M€ de prejuízo de 2008 para um lucro de 3,3 M€ em 2009.
O activo do Grupo aumentou 9,5% em 2009, para 315,6 M€, devido essencialmente à operação de integração da Tecnicrédito SGPS no Grupo Banif, efeito compensado parcialmente pelo impacto da redução da actividade, em que se destaca o decréscimo de 17,7% nas existências, que reflecte o sucesso que o Grupo teve na optimização deste item, um pilar central da sua estratégia para 2009. A autonomia financeira do Grupo AI no fim de 2009 era de 38,8% (passando para 59,1% com a inclusão de interesses minoritários).
Previsões de Melhoria de Resultados
O Grupo Auto-Industrial inscreveu no seu orçamento um crescimento de 5,8%, para 7 872 veículos novos, e um ligeiro crescimento, para 5 610 veículos usados, o que lhe permitiria melhorar os resultados antes de impostos, excluindo a actividade financeira (sendo que a actividade financeira também deverá ver os seus rendimentos aumentarem para cerca de 7,0 M€). A dívida financeira do Grupo deverá continuar a reduzir-se ao longo de 2010.
O cenário orçamental que o Grupo traçou parece conservador, à luz da performance dos primeiros meses do ano e à evolução positiva que se espera para a marca Opel (com a estabilização da situação do Grupo General Motors, a clarificação quanto à manutenção da marca neste grupo e o lançamento do novo Opel Astra), mas é de salientar que a evolução da economia portuguesa está rodeada de um nível muito elevado de incerteza, nomeadamente no que diz respeito aos efeitos que a crise das finanças públicas terá na economia real (que, mesmo sem a ocorrência dum factor disruptivo, deverá crescer muito moderadamente).