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Disparam os prejuízos com desastres naturais na União Europeia
Entre 1980 e 2022 a UE gastou o equivalente a 15,5 mil milhões de euros por ano, na resposta a desastres naturais. Estudos divulgados esta quarta-feira mostram que investir um euro na prevenção evita que se gastem 131 euros.
Os custos de desastres naturais na União Europeia (UE) entre 1980 e 2022 cifraram-se, por sua vez, em cerca de 650 mil milhões de euros, o equivalente a 15,5 mil milhões de euros por ano, adianta um dos estudos.
Os investimentos em adaptação para enfrentar desastres naturais, incluindo sismos, até ao início da próxima década são estimados entre 15 mil milhões e 64 mil milhões de euros, consoante a gravidade dos cenários, o que representa entre 0,1% e 0,4% do PIB da UE.
Investimentos entre 34 euros e 110 euros por pessoa ao ano podem ter retornos elevados, com estimativas que cada euro aplicado em medidas preventivas ante ondas de calor evite a perda de 131 euros.
Na ausência de medidas de reforço da preparação e prevenção, os prejuízos poderão chegar aos 7% do PIB comunitário, indica um dos relatórios que incide sobre investimentos na prevenção e capacidade de acidentes, custos de adaptação a alterações climáticas e capacitação financeira.
Entre situações que requerem aadoção de medidas imediatas, o estudo sobre "Instrumentos para Investimentos Inteligentes na Prevenção e Preparação na Europa: Dos Dados às Decisões" assinala, por exemplo, que 80% da rede viária portuguesa está sujeita a risco elevado de desmoronamentos de terras.
Em Portugal, 80% das instalações e meios para acudir a emergências estão localizados em áreas de alto ou muito alto risco de incêndio florestal, refere o mesmo estudo que faz igualmente o levantamento da exposição de hospitais, escolas e linhas de transmissão de energia elétrica a riscos de inundações e terramotos.