Notícia
Pavilhões do Parque das Caldas da Rainha entregues hoje à Visabeira
Os Pavilhões do Parque das Caldas da Rainha foram hoje concessionados pelo município ao Grupo Visabeira, que irá reabilitar o património, onde até ao final de 2020 terá de abrir portas um hotel de cinco estrelas.
08 de Setembro de 2017 às 14:51
O contrato de concessão do direito de exploração dos Pavilhões do Parque D. Carlos I foi celebrado hoje entre a autarquia e a Empreendimentos Turísticos Monte Belo, sociedade do Grupo Visabeira, que se propõe a investir 15 milhões de euros na construção de um hotel de cinco estrelas.
O imóvel centenário será transformado, de acordo com o anteprojecto, num hotel com 105 quartos, que terá por base "um conceito de ligação da indústria hoteleira à indústria de faiança", dado o Grupo Visabeira deter na cidade as Faianças Bordallo Pinheiro, explicou José Luís Nogueira, administrador da empresa.
A ligação à fábrica e respectivo museu deverá passar por uma componente prática, "pondo as pessoas [hóspedes] a mexer na massa e a fazer as suas peças" e lançando a "artistas e designers internacionais o desafio de, com as suas criações, criar uma mais-valia para a marca", precisou.
O projecto que vai agora ser desenvolvido contemplará ainda, segundo o responsável, "uma ligação ao Museu da Cerâmica e ao Museu Malhoa [também localizado no Parque]" apostando na vertente cultural aliada à oferta hoteleira.
O contrato assinado hoje determina que o projecto para a requalificação e reabilitação dos pavilhões terá de ser entregue no prazo de um ano e que, após a aprovação do mesmo pela autarquia e pela Direcção Geral do Património Cultural, a obra terá de arrancar num prazo de 180 dias.
O novo hotel terá como data limite de abertura ao público o dia 2 de Dezembro de 2020, prazo que José Luis Nogueira se comprometeu a "tudo fazer para que seja cumprido".
A concessão, por um prazo de 48 anos e mediante o pagamento de uma renda mensal de 3.500 euros, estabelece ainda "um desconto mínimo de 5% nos serviços e actividades que foram desenvolvidas" para os residentes no município, pode ler-se no contrato, a que a Lusa teve acesso.
Questionado pelos jornalistas, à margem da cerimónia, o administrador da empresa assegurou ainda que o hotel, cuja entrada poderá ser feita pelo contíguo edifício do Céu de Vidro (antigo Casino que foi nos últimos anos alvo de uma remodelação), não porá em causa a realização de eventos como a Feira do Frutos no Parque D. Carlos I.
"O importante é que as coisas sejam articuladas, porque é importante criar animação para a cidade atrair pessoas e é importante criar as condições para que as pessoas quando cá estão se sintam satisfeitas", afirmou.
Projectados nos finais do século XIX por Rodrigo Berquó para internar aquistas e fazer da cidade uma verdadeira estância termal, os Pavilhões dos Parque nunca chegaram a cumprir essa função, tendo albergado, durante mais de 100 anos um quartel militar, uma esquadra da polícia, escolas e uma biblioteca.
O Hospital Termal, o Parque (onde se integram os Pavilhões) e a Mata das Caldas da Rainha foram, em Dezembro de 2015, entregues à Câmara, que se comprometeu a gerir aquele património e investir, até 2020, 12 milhões de euros na sua recuperação.
Os edifícios foram no ano passado integrados numa lista de 30 edifícios públicos degradados que o Governo entendeu concessionar a privados, no âmbito do programa "Valorização do Património".
O imóvel centenário será transformado, de acordo com o anteprojecto, num hotel com 105 quartos, que terá por base "um conceito de ligação da indústria hoteleira à indústria de faiança", dado o Grupo Visabeira deter na cidade as Faianças Bordallo Pinheiro, explicou José Luís Nogueira, administrador da empresa.
O projecto que vai agora ser desenvolvido contemplará ainda, segundo o responsável, "uma ligação ao Museu da Cerâmica e ao Museu Malhoa [também localizado no Parque]" apostando na vertente cultural aliada à oferta hoteleira.
O contrato assinado hoje determina que o projecto para a requalificação e reabilitação dos pavilhões terá de ser entregue no prazo de um ano e que, após a aprovação do mesmo pela autarquia e pela Direcção Geral do Património Cultural, a obra terá de arrancar num prazo de 180 dias.
O novo hotel terá como data limite de abertura ao público o dia 2 de Dezembro de 2020, prazo que José Luis Nogueira se comprometeu a "tudo fazer para que seja cumprido".
A concessão, por um prazo de 48 anos e mediante o pagamento de uma renda mensal de 3.500 euros, estabelece ainda "um desconto mínimo de 5% nos serviços e actividades que foram desenvolvidas" para os residentes no município, pode ler-se no contrato, a que a Lusa teve acesso.
Questionado pelos jornalistas, à margem da cerimónia, o administrador da empresa assegurou ainda que o hotel, cuja entrada poderá ser feita pelo contíguo edifício do Céu de Vidro (antigo Casino que foi nos últimos anos alvo de uma remodelação), não porá em causa a realização de eventos como a Feira do Frutos no Parque D. Carlos I.
"O importante é que as coisas sejam articuladas, porque é importante criar animação para a cidade atrair pessoas e é importante criar as condições para que as pessoas quando cá estão se sintam satisfeitas", afirmou.
Projectados nos finais do século XIX por Rodrigo Berquó para internar aquistas e fazer da cidade uma verdadeira estância termal, os Pavilhões dos Parque nunca chegaram a cumprir essa função, tendo albergado, durante mais de 100 anos um quartel militar, uma esquadra da polícia, escolas e uma biblioteca.
O Hospital Termal, o Parque (onde se integram os Pavilhões) e a Mata das Caldas da Rainha foram, em Dezembro de 2015, entregues à Câmara, que se comprometeu a gerir aquele património e investir, até 2020, 12 milhões de euros na sua recuperação.
Os edifícios foram no ano passado integrados numa lista de 30 edifícios públicos degradados que o Governo entendeu concessionar a privados, no âmbito do programa "Valorização do Património".