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Protesto no Porto de Setúbal ameaça exportações da Autoeuropa

A paragem de um grupo de estivadores precários tem paralisado o Porto de Setúbal. A Autoreuropa tem 6 mil carros parados e admite suspender a produção, segundo o Público e o Diário de Notícias.

Bruno Simão/Negócios
Negócios 14 de Novembro de 2018 às 08:59
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Há quase uma semana que o Porto de Setúbal está quase paralisado. Em causa está uma guerra laboral entre um grupo de estivadores em situação precária e a empresa de trabalho portuário Operastiva. O que está a afectar várias empresas, entre as quais a Autoeuropa que tem quase 6 mil carros parados à espera de serem exportados, segundo o Público e o Diário de Notícias.

Fonte oficial da Autoeuropa disse ao Público que "no limite, esta situação pode colocar em causa a operação da fábrica [quando for] atingida a capacidade máxima de armazenamento de carros produzidos".

O Diário de Notícias acrescenta que a empresa já está a recorrer à base aérea do Montijo para armazenar alguns carros, no âmbito do acordo assinado este verão com a Força Aérea para garantir espaço aos veículos que aguardam homologação de motores face à nova norma de emissões WLTP. No entanto, como relembra o jornal, este acordo é válido até este mês.

Já o Público acrescenta que a Associação dos Agentes de navegação de Portugal (Agepor) já se queixaram ao Ministério do mar e ao Ministério do Trabalho e da segurança Social. A associação pediu para investigarem a situação uma vez que, segundo a Agepor, não há sequer nenhum pré-aviso de greve.

Os estivadores exigem um contrato colectivo de trabalho e que, uma parte do grupo, possa prescindir do direito de realizar turnos adicionais a favor de quem ficar sem vínculo.

A Administração  do Porto de Setúbal e Sesimbra (APSS) garante que está a acompanhar a situação e disse ao Público que Operestiva tentou assinar contratos individuais de trabalho sem termo com 30 trabalhador s e "verificou-se a sua assinatura por alguns". "Foi então iniciada a não disponibilidade para o trabalho por parte de um grupo de trabalhadores eventuais que tanto quanto é do nosso conhecimento, iniciaram simultaneamente um conjunto de acções intimidatórias, o que já foi transmitido às autoridades. A exigência do sindicato para retoma do trabalho portuário é a anulação dos contratos  já assinados", acrescentou a APSS.

Um dos estivadores que integra este grupo disse ao Público que a Operestiva propôs o contrato sem termo a 30 estivadores e houve um que assinou. Os restantes 91 trabalhadores precários que continuam sem contrato exigem o cancelamento desse contrato.

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