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Presidente da CP: “Quem nomeia também exonera”
Carlos Nogueira diz que a exoneração do ex-director de material circulante foi um ato normal de gestão e que não teve a ver com a alteração dos ciclos de manutenção de umas unidades.
O presidente da CP, Carlos Nogueira, salientou esta quarta-feira no Parlamento que a exoneração do ex-director de material circulante em dezembro, depois de se ter manifestado contra um ato de gestão que em sua opinião poderia pôr em causa a segurança dos passageiros, "foi um ato normal de gestão".
"Quem nomeia também exonera", disse o responsável na comissão de economia, inovação e obras públicas, garantindo que "as razões da exoneração não têm nada a ver com a alteração de ciclos de manutenção".
Carlos Nogueira salientou que o conselho de administração da CP "toma deliberações de forma responsável e nunca sem uma cadeia concordante de pareceres e documentos técnicos da direção de engenharia".
A exoneração de Pontes Correia foi justificada, na altura em que foi noticiada pelo jornal Público, por se ter mostrado contra a decisão da empresa de prolongar o ciclo de manutenção dos rodados das Unidades Triplas Elétricas em mais 300 mil quilómetros. A administração da CP decidiu que a manutenção dos rodados das automotoras elétricas seria feita aos dois milhões de quilómetros em vez dos 1,7 milhões.
Esta quarta-feira no Parlamento, Carlos Nogueira garantiu que a alteração dos ciclos de manutenção foi feita com critério e responsabilidade e que em função da amostra feita foi concluído que era possível usar a margem de tolerância.