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Pandemia leva IP a prejuízos de 56 milhões em 2020

A Infraestruturas de Portugal passou de lucros de 20 milhões de euros em 2019 para perdas de 56 milhões no ano passado, penalizada pelo impacto da pandemia.

Pedro Catarino
23 de Abril de 2021 às 20:29
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A Infraestruturas de Portugal (IP) fechou 2020 com prejuízos de 56 milhões de euros, valor que compara com os lucros de 20 milhões registados no ano anterior, informou esta sexta-feira a empresa liderada por António Laranjo.

O líder da IP já tinha avançado ao Negócios alguns dados sobre o exercício de 2020, nomeadamente a quebra de 18,3% nas receitas das portagens, para 339,8 milhões em 2020. Esta descida levou a que, no seu conjunto, as receitas “core” da IP tenham diminuído 12,6%, num total de 107,2 milhões de euros face a 2019, fixando-se em 1.135,9 milhões.
 
Em comunicado, a IP indica que os resultados antes de juros, impostos, depeciações e amortizações (EBITDA) caiu 25%, para 445 milhões de euros, o que corresponde a uma redução de 145 milhões de euros face a 2019.

"Esta evolução deveu-se principalmente à redução do rendimento com as principais receitas, designadamente Contribuição do Serviço Rodoviário (-118 milhões de euros), Portagens (-56 milhões de euros) e Tarifa
de Utilização da Infraestrutura Ferroviária (-8 milhões de euros)", destaca a empresa, atribuindo esta evolução ao efeito da pandemia sobre o "nível de utilização da infraestrutura rodoferroviária sob gestão da IP".

A empresa destaca pela positiva o "ter assegurado integralmente a operacionalidade da sua rede, tendo aumentado, face a 2019, o nível de intervenções na infraestrutura". Aliás, frisa, "a despesa com as atividades de conservação das redes rodoviária e ferroviária ascendeu a 181 milhões de euros, mais 9% do que o registado em 2019".

E a IP assinala ainda que "o esforço de contenção e racionalização, permitiu acomodar integralmente o incremento dos gastos diretamente relacionados com o combate à covid-19".

Por fim, a empresa refere a redução de 235 milhões na dívida financeira, para 4.785 milhões de euros e as operações de aumento de capital por parte do Estado, que ascenderam a 1.054 milhões de euros no ano passado.
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