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Carris revê acordo de empresa ao fim de 20 anos
A empresa de transporte público acaba com algumas carreiras, como a de barbeiro e funileiro, e cria uma carreira aberta, que permite aos trabalhadores em topo de carreira evoluir de quatro em quatro anos.
A Carris fecha esta quarta-feira com todos os sindicatos um acordo histórico, completando a revisão do Acordo de Empresa, o que não acontecia há 20 anos, disse ao Negócios fonte oficial da Câmara de Lisboa.
A empresa agora detida pela autarquia vai assinar a revisão parcial do Acordo de Empresa, revisto em 2018, com as associações sindicais SITRA, SNM, ASPTC e SITESE, e a revisão global do Acordo de Empresa com a FECTRANS.
A Carris, onde ainda existiam as categorias de barbeiro e funileiro, irá agora extinguir algumas carreiras, e acrescentar outras novas, assim como atualizar os conteúdos funcionais decorrentes da alteração e modernização de parte das funções desempenhadas pelos colaboradores.
A revisão parcial em 2018 tinha atualizado os textos do documento, mas não tinha procedido à atualização e revisão das carreiras.
Segundo a mesma fonte, o número de carreiras profissionais reduziu de 10 para 8, tendo ainda sido introduzido, pela primeira vez, o princípio da carreira aberta. Esta abre a possibilidade aos trabalhadores em topo de carreira de poderem evoluir de quatro em quatro anos, mediante avaliação superior a Bom, que se reflete num acréscimo remuneratório de um terço do diferencial entre o nível em que se encontram e o imediatamente superior.
Para permitir a passagem do elevado número de trabalhadores ao nível acima, que irá ocorrer de forma faseada entre 2020 e 2022, foi criado um regime transitório.