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Greve na Groundforce com adesão de 90%

A greve dos trabalhadores da Groundforce está a ter uma adesão entre 80% e 100%, o que está a impedir a saída dos voos dentro do horário e a provocar algum congestionamento no Aeroporto de Lisboa, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos.

15 de Agosto de 2013 às 09:38
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Em declarações à Lusa, Fernando Henriques, do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), disse que o impacto desta greve se está a reflectir no atraso dos aviões.

 

"Posso dizer que até este minuto ainda não saiu um único voo dentro do horário. Os atrasos variam, há atrasos menores, atrasos de 10 e 15 minutos, e atrasos que vão até 40 ou 50 minutos", disse, cerca das 08h30, acrescentando que, "previsivelmente, ao longo da manhã e resto do dia os efeitos vão ser agravados".

 

No entanto, a greve ainda não motivou nenhum cancelamento de voo, afirmou, comentando que nem era esperado que tal acontecesse.

 

"Normalmente, os cancelamentos dão-se mais para o final da tarde, devido a um certo efeito dominó: os voos vão saindo atrasados, depois chegam atrasados e com as ligações gera-se irregularidades que podem levar ao cancelamento dos voos", explicou.

 

Quanto aos constrangimentos que a paralisação está a gerar no Aeroporto de Lisboa, Fernando Henriques disse ser visível algum congestionamento no “check-in”, na área das bagagens e na própria placa para os aviões saírem, o que é "inevitável", mas adiantou que a situação está longe de ser caótica.

 

O sindicalista acusou a Groundforce de ter convocado um "batalhão" de trabalhadores precários para substituírem os que estão em greve, sob intimação de não abandonarem o local de trabalho sem autorização do supervisor, situação que o sindicato diz ter denunciado na quarta-feira à Inspecção do Trabalho.

 

Segundo dados do SITAVA, a empresa em Lisboa tem cerca de 1.500 trabalhadores efectivos, um terço dos quais (500) estariam convocados para trabalhar esta quinta-feira. Desses, cerca de 30% estavam escalados para fazer o turno da noite.

 

Tirando as chefias, cuja adesão à greve não é significativa, praticamente todos aderiram, "sem ser possível quantificar um número, porque não temos escalas de serviço, que são da própria empresa", disse.

 

O SITAVA conta fazer um novo ponto da situação da greve e dos congestionamentos no aeroporto perto das 10h30, hora em que já terão sido afectados os voos da manhã.

 

Contactada pela Lusa, a Groundforce remeteu também para mais tarde um balanço da greve, considerando ser ainda cedo para avançar com números.

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