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Apesar de recorde de passageiros, easyJet fecha semestre com prejuízos de 212 milhões

O número recorde de passageiros e o aumento de 3,2% das receitas não compensaram o impacto da Páscoa e da taxa cambial nas contas da companhia aérea britânica.

5 - EasyJet
Bloomberg / Reuters / Getty Images
16 de Maio de 2017 às 10:24
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A easyJet fechou o primeiro semestre fiscal de 2017, terminado a 31 de Março, com receitas totais de 1,8 mil milhões de libras (2,1 mil milhões de euros), o que representa uma subida de 3,2% face ao mesmo período do ano anterior.

O resultado foi impulsionado pelo "número recorde de passageiros" da companhia aérea no período em análise. De Outubro a Março, 33,8 milhões de pessoas viajaram na easyJet, o que traduz um crescimento de 9% do número de passageiros em comparação com o período homólogo e "uma taxa de ocupação recorde de 90,2%", destaca a empresa britânica em comunicado.

Apesar desta evolução, o resultado recorrente antes de impostos foi negativo em 212 milhões de libras (cerca de 250 milhões de euros), "reflectindo o impacto da Páscoa ser na segunda metade do ano (45 milhões de libras) e um impacto cambial líquido negativo de 82 milhões de libras. Excluindo estes itens, "o prejuízo antes de impostos foi de 236 milhões de libras (278 milhões de euros)", sublinha.

Apesar dos proveitos totais da transportadora área terem crescido, a receita por lugar decresceu 4,9% para 48,80 libras (57,5 euros), uma evolução "que reflecte a mudança do período de Páscoa e o crescimento da capacidade do mercado no geral", explica a empresa liderada por Carolyn McCall.

Os custos por assento aumentaram 4,9% para 54,45 libras (perto de 64 euros) impulsionados "por uma taxa cambial fortemente desfavorável".

Analisando o custo por assento excluindo combustível em moeda constante estável, manteve-se estável, segundo a empresa, situando-se em 38,54 euros. A easyJet justifica este resultado com "o forte controlo de custos, apesar dos altos níveis de irregularidade.

A empresa sublinha ainda que fechou acordo com a Airbus para a compra de 30 novos aviões A321neo, estando previsto que a primeira aeronave chegue no verão do próximo ano.

A easyJet adianta ainda que "as reservas futuras são superiores às do ano passado": 77% para o primeiro trimestre e 55% para o semestre.

Como Carolyn McCall , presidente executiva da easyJet, sublinhou a empresa "obteve um desempenho resiliente durante os meses de inverno com elevado controlo de custos, melhorando o desempenho operacional e em linha com as previsões para as receitas".

Além disso, relembra que "o prejuízo do semestre está em linha com as expectativas de mercado e reflecte o movimento da Páscoa para o segundo semestre, assim como efeitos cambiais".

"Olhando para o futuro", continuou, "vemos uma tendência de melhoria nas receitas por assento, assim como uma diminuição contínua da capacidade de crescimento da concorrência. O desempenho dos custos para o ano continuará a ser forte. A easyJet está a concretizar a sua estratégia de investimento centrada em construir e assegurar posições fortes nos principais aeroportos da Europa, o que está a aumentar a sua vantagem competitiva com retornos sustentáveis. Assim, as nossas expectativas para todo o ano estão em linha com o actual consenso existente no mercado", concluiu.

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