A convergência dos serviços de telecomunicações (Internet, voz fixa, voz móvel e Internet) está a alavancar as receitas do serviço de telefone fixo.

No primeiro trimestre, as receitas do serviço fixo de telefone aumentaram 4,4%, para 382 milhões de euros.

A Anacom detalha que o volume de receitas dos pacotes de telecomunicações aumentaram, no período em análise, na ordem dos 10,8%. Assim, cerca de sete em cada 10 clientes do serviço fixo de telefone adquiriu o serviço integrado num pacote.

Corroborando esta informação foi possível constatar que "o tráfego de voz originado na rede fixa nos primeiros três meses caiu 2,6% face ao trimestre anterior, totalizando 1,9 mil milhões de minutos".

No período foram realizadas 480 milhões de chamadas, cuja duração média se manteve, quer face ao trimestre anterior quer em termos homólogos.

Nos primeiros três meses do ano, cerca de 44% dos acessos telefónicos fixos eram suportados em redes alternativas (fibra, cabo, GSM, UMTS e LTE) à rede tradicional de cobre. O parque instalado era constituído por 4,5 milhões de linhas telefónicas.

Quanto a quotas de mercado, a PT Comunicações (PTC), até aqui fornecedora do serviço universal de telecomunicações, continua a deter a maioria dos acessos fixos principais, com 55,9%, seguindo-se a Nos, nova fornecedora do serviço universal, com 30,8% e a Vodafone, "que é o operador que mais tem vindo a crescer", com 7,3%, detalhou o regulador.

De Janeiro a Março existiam 3,7 milhões de clientes do serviço telefónico fixo com acesso directo, mais 0,2% do que no trimestre anterior, dos quais 51,3% pertencem à PTC, 35,5% à Nos e 7,1% à Vodafone.

No primeiro trimestre foram consumidos em média 118 minutos por mês em chamadas fixo-fixo por acesso principal, 11 minutos nas chamadas fixo-móvel e oito minutos nas chamadas internacionais.

O grupo PT tinha uma quota de tráfego de voz em minutos de 51,8%, sendo a Nos responsável por 34,7% dos minutos de voz gerados e a Vodafone tinha uma quota de 7,5%.