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Anacom suspende pagamento de 1 milhão de euros da Vodafone à Meo

A Meo promete continuar a luta e admite recorrer à polícia para impedir acesso da Vodafone aos postes da Meo. E a Anacom esclarece que "suspendeu a execução dos efeitos da decisão até apreciar a reclamação da Vodafone".

No contexto internacional há riscos políticos a fervilhar um pouco por todos os continentes, enquanto no panorama nacional persistem constrangimentos estruturais que requerem a continuação do processo de reformas para abrir caminho a um crescimento mais sustentado da economia. Advinham-se também oportunidades promissoras que Portugal tem que saber aproveitar plenamente, como o digital. O sector das TIC assume um papel determinante na quarta revolução industrial, na qual a inovação e o empreendedorismo são, simultaneamente, desafios e oportunidades. O Governo, a Administração Pública e o tecido empresarial nacional terão que aprofundar a mudança para o digital, um imperativo para garantir a sobrevivência num mundo cada vez mais global. Do outro lado do barómetro, a estabilidade e a imprevisibilidade fiscal permanecem como riscos com que os agentes económicos se confrontam em Portugal, seja pela revisão das taxas em vigor ou pela aplicação de novos impostos.
10 de Setembro de 2018 às 17:36
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A Vodafone não terá de pagar, para já, mais de um milhão de euros à Meo pela alegada utilização sem autorização dos postes da operadora da Altice nas ligações às casas dos clientes. Isto porque a Anacom decidiu suspender a decisão que obrigava ao pagamento desse montante, depois de receber uma reclamação da Vodafone relativa à decisão do regulador que dava razão à Meo.

Em reacção às notícias que davam conta da suspensão desta medida, fonte oficial do regulador esclareceu que "suspendeu a execução dos efeitos da decisão até apreciar a reclamação que a Vodafone apresentou". Ou seja, a Anacom não mudou o sentido de decisão favorável à Meo, divulgado em Agosto. Na prática, a Vodafone fica livre de pagar o montante pelo menos até ser conhecida a decisão final.

Para a operadora liderada por Mário Vaz, o facto de a Anacom ter decidido "suspender todos os efeitos desta decisão, incluindo a obrigação de pagamento", vem "dar razão aos argumentos da Vodafone, levando a que o regulador repondere o que havia decidido", explicou fonte oficial da empresa.

Já a Meo promete continuar o braço-de-ferro, que data de Agosto de 2017, quando a Vodafone deixou de apresentar os pedidos de acesso aos postes, bem como de pagar os preços tabelados para o efeito, segundo a Meo.

Depois de terem sido conhecidos os novos desenvolvimentos em relação a este litígio, Alexandre Fonseca, CEO da Altice Portugal, admitiu em declarações à Lusa pedir a intervenção policial para impedir o acesso não autorizado da Vodafone aos postes da Meo, caso entenda estar "em risco a vida das pessoas ou a integridade de bens". "Nada nos garante que a subida a um poste por um técnico que não sabemos se está credenciado, o carregar esse poste com mais uma quantidade de cabos, com o peso correspondente e as tensões que exercem sobre esse poste, não possa um dia levar um desses postes a cair e provocar uma fatalidade", acrescentou.

Acusações que a Vodafone Portugal refutou, sustentando que "a própria Anacom considerou que os 'drops' [ligação à casa de clientes], pelas suas características específicas, não constituem risco significativo na estabilidade física dos postes".

Depois das queixas terem chegado ao regulador, em Agosto passado a Anacom emitiu um parecer onde dá razão à Meo, considerando que "não há fundamento" para a Vodafone ter deixado "unilateralmente" de pagar os valores referentes à ocupação dos postes, num total acumulado na ordem de um milhão de euros, como noticiou o jornal i.


(Notícia actualizada às 18:17 com reacção da Anacom)

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