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5G: Litigância e duração "é porque este leilão vai trazer mais concorrência", diz Anacom
O presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) justificou a existência de litigância no processo do leilão 5G e a sua duração, há mais de 100 dias, ao facto de este vir "trazer mais concorrência ao país".
16 de Junho de 2021 às 14:08
João Cadete de Matos falava na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito da audição da Anacom.
"Perguntar-me-ão porque é que isso acontece [duração do leilão] e porque é que acontece também a litigância que foi conhecida em relação ao leilão", questionou João Cadete de Matos.
João Cadete de Matos apontou a primeira fase do leilão da tecnologia de quinta geração, dirigida apenas aos novos operadores, que "decorreu com alguma celeridade", sublinhando que "nessa primeira fase" foi atingido um montante no leilão "bastante superior ao valor de reserva".
Neste momento, "já são 188 milhões de euros a mais que o país recebeu por haver este aumento da concorrência", salientou.
"É verdade que os três operadores não querem que haja entrada de novos operadores", apontou João Cadete de Matos, aludindo à Altice Portugal (Meo), NOS e Vodafone Portugal.
"Opõem-se à entrada de novos operadores e o arrastamento do leilão também tem como resultado que a entrada destes novos operadores no mercado aconteça o mais tarde possível", sendo que "isso é feito com prejuízo para os consumidores" que não têm ofertas nem preços mais competitivos.
A licitação principal do leilão 5G dura há mais de cinco meses, ou seja, há mais de 100 dias.