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YouTube lança fundo de 100 milhões para criadores num esforço para rivalizar com TikTok

O YouTube criou um fundo de 100 milhões de dólares, que pretende pagar aos criadores que usem a nova ferramenta Shorts - criada para competir com os vídeos curtos da aplicação chinesa TikTok.

2º Youtube
11 de Maio de 2021 às 18:18
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Chama-se "YouTube Shorts Fund" e vai disponibilizar um montante de 100 milhões de dólares entre 2021 e 2022, aos criadores de conteúdos que utilizem a nova ferramenta Shorts. Disponível desde o mês de março numa versão de teste no mercado dos Estados Unidos e na Índia, o YouTube Shorts utiliza a lógica dos vídeos curtos para manter os utilizadores na plataforma.

O conceito soa a algo familiar? É mesmo essa a ideia. A "explosão" que o TikTok, a aplicação chinesa de vídeos curtos que esteve no centro de uma disputa geopolítica, registou ao longo do último ano tem feito mexer o ecossistema das aplicações. O primeiro a arriscar-se no lançamento de um produto rival foi o Facebook, que implementou os Reels na rede social Instagram. Também a aplicação Snap adotou uma ferramenta semelhante. Mais tarde, após um teste no mercado indiano, o YouTube começou a trabalhar numa funcionalidade semelhante, nascendo assim a Shorts.

De acordo com a publicação no blog oficial do YouTube, este fundo de 100 milhões de dólares (82,2 milhões de euros, à conversão atual) é "apenas o primeiro passo na viagem para criar um modelo de monetização a longo prazo" para esta ferramenta.

"Como o Shorts é uma nova forma de ver e criar no YouTube, estamos a olhar de uma forma nova para aquilo que significa monetizar e recompensar os criadores pelos seus conteúdos", escreve a plataforma de vídeos.

A empresa explica que "qualquer pessoa pode participar neste fundo, simplesmente através da criação de um Shorts". Ou seja, não será necessário que os criadores integrem o programa de parceiros do YouTube para poderem ter acesso a alguma parte deste fundo. Na mesma nota, é explicado que, a cada mês, serão contactados os criadores cujos vídeos curtos tenham recebido maior interação ("engagement") e visualizações.

A plataforma refere que, com o fundo a ser disponibilizado "em breve", serão revelados mais detalhes sobre o mesmo nos próximos meses. De fora da publicação do YouTube fica, por agora, qual o valor concreto que os criadores poderão receber e quais as métricas que serão adotadas para avaliar quais os vídeos bem-sucedidos e passíveis de receber alguma parte deste fundo.

As métricas usadas para medir aquilo que se enquadra como uma tendência na plataforma de vídeos ou a monetização passível de receber com um vídeo publicado tem sido, até aqui, uma questão sensível na relação entre o YouTube e os criadores que integram a plataforma.

Nos resultados do primeiro trimestre de 2021, o YouTube representou 6,01 mil milhões de dólares das receitas publicitárias da Alphabet - um valor 50% acima dos 4 mil milhões registados no primeiro trimestre de 2020.
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