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Fábrica de sonhos de Braga investe três milhões para duplicar faturação

A tecnológica Edigma, que tem uma equipa de 80 visionários e engenheiros a trabalhar no desenvolvimento e implementação de experiências imersivas, interativas e projetos de sinalética digital, criou já três soluções capazes de ajudar a combater a pandemia.

15 de Maio de 2021 às 18:44
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A Edigma cria "experiências que combinam o espaço físico com o espaço digital e que, em última análise, se traduzem em experiências humanas", como na ilha açoriana do Pico, com a Casa dos Vulcões, onde a empresa bracarense concebeu e implementou soluções tecnológicas que possibilitam experimentar sensações como viajar até ao centro da Terra, ou a simulação de um sismo através de um simulador e com recurso a óculos de realidade virtual.

 

Um trabalho que acaba de ser reconhecido como finalista nos "óscares da interatividade", que premeiam os melhores projetos mundiais na área do audiovisual.

 

E foi a Edigma que instalou na sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD) aquele que considera o painel LED "mais icónico de Portugal", com 74 metros de comprimento e 80 centímetros de altura, tendo sido também a empresa escolhida para a implementação da rede de sinalética digital do BCP, "o primeiro a instalar esta tecnologia em sucursais bancárias".

 

E ainda há uma dúzia de dias firmou o projeto de requalificação do Centro Expositivo e Instalação Museográfica no Promontório de Sagres, ficando como responsável por toda a gestão do projeto de "A a Z", que inclui diversos tipos de trabalho, como construção civil, iluminação, conteúdos, tecnologia, cenografia, entre outros, num investimento de quase 1,5 milhões de euros.

 

"A decorrer destacamos o projeto de ‘digital signage’ em curso da ‘concept store’ dos Jogos da Santa Casa, que ambiciona ser um espaço de ligação entre o passado, o presente e o futuro" desta atividade e onde "a Edigma assume o papel de integração e desenvolvimento da vertente tecnológica, elemento crucial na experiência em loja por quem a visita", enfatiza o CEO da empresa bracarense, Miguel Oliveira, em declarações ao Negócios.

 

Com mais de 15 anos de experiência, tendo fechado 2019 com uma faturação de 6,8 milhões de euros, a Edigma já desenvolveu e implementou muitos outros projetos interativos, como os do Museu do Dinheiro, sede da EDP, NorteShopping, Mar Shopping Algarve, Museu do FC Porto, Museu do Vinho ou do MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia).

 

Exporta Moviik para o Reino Unido, Holanda, Espanha e Canadá

 

Entretanto, em plena pandemia, desenvolveu várias soluções "capazes de ajudar a combater o vírus, e que sirvam um propósito maior em cada espaço".

 

Por exemplo, criou o Sanus, um equipamento que possibilita a divulgação de mensagens de sensibilização e comunicação através do ecrã digital e que inclui um dispensador.

 

Com capacidade para cinco mil mililitros de álcool gel - "produzido em Portugal e certificado pela DGS" -, esta solução "visa aumentar o sentimento de segurança nos espaços pelos utilizadores e permitir diminuir o risco de propagação", explica o CEO da Edigma.

 

Também criou o ARA, um equipamento com ecrã de sete polegadas e sensores capazes de medir a temperatura dos utilizadores e detetar se estão a usar máscara.

"O aparelho ajuda a proteger quem frequenta os espaços e apresenta notificações visuais e sonoras que alertam caso se verifiquem não conformidades", detalha Miguel Oliveira.

 

A empresa apresentou também ao mercado, ainda no ano passado, uma nova área de negócio focada na gestão de atendimento e na experiência do cliente, através da plataforma Moviik, "que rapidamente se reconfigurou para um novo paradigma onde as filas são geridas de forma virtual, sem necessidade de contacto com dispositivos físicos para além do telemóvel pessoal de cada utilizador".

 

Através desta nova unidade de negócio, "a Edigma já conquistou, no último ano, clientes internacionais nos setores do retalho, com implementações da plataforma, por exemplo, no Reino Unido, Holanda, Espanha e Canadá", afiança Miguel Oliveira.

 

Nos próximos três anos, a Edigma pretende investe "mais três milhões de euros em investigação e desenvolvimento", prevendo criar, neste período, "seis novas soluções tecnológicas".

 

Contando com uma equipa multidisciplinar de cerca de 80 pessoas, constituída por "visionários, designers, engenheiros, programadores e gestores de projetos", que continuam focados no desenvolvimento e implementação de experiências imersivas, interativas e projetos de sinalética digital, a Edigma prevê duplicar a faturação de oito milhões de euros em 2020 para 16 milhões até 2023.

 

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