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Arranque do UMTS adiado para 2004

A Anacom já tem na sua posse os relatórios dos operadores móveis com licenças para operar no UMTS e, de um primeiro balanço ao «estado da arte» da tecnologia, terá concluído o adiamento do UMTS para 2004.

28 de Novembro de 2002 às 08:34
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A Anacom - Autoridade Nacional de Comunicações já tem na sua posse os relatórios dos quatro operadores móveis com licenças para operar na tecnologia UMTS e, de um primeiro balanço ao «estado da arte» da tecnologia, terá concluído que o adiamento do lançamento comercial da operação é incontornável.

Ao que o Negocios.pt apurou, o regulador deverá autorizar o protelamento do arranque dos telemóveis de terceira geração, marcado para 1 de Janeiro de 2003, por mais um ano, ou seja, para o início de 2004.

Ao longo das próximas semanas, a Anacom vai manter conversas com a Optimus, a TMN e a Vodafone Telecel - a OniWay que detém a quarta licença fica pelo caminho - e, só depois tornará pública sua decisão. Ainda assim, é, para já claro que nenhum dos operadores conseguirá cumprir com aquilo a que se obrigou no âmbito das respectivas licenças, nos diversos requisitos, como sejam a cobertura, o número de estações-base e o nível de acessibilidade da rede.

A juntar a este problema, acresce o facto de faltarem, em quantidade e qualidade, terminais de UMTS. «Prevê-se que só no segundo trimestre de 2003 surjam os primeiros telefones», salientou uma fonte contactada pelo Negocios.pt.

Por isso, Álvaro Dâmaso, presidente da Anacom, será, ao que o Negocios.pt apurou, sensível aos apelos dos operadores nacionais. Ainda para mais, quando, a nível europeu, as dificuldades são as mesmas e, em nenhum país, o UMTS arrancará no início do próximo ano. «Não significa que Portugal deva copiar à letra aquilo que se passa nos outros países europeus, mas a situação internacional deve servir de referência», defendeu o mesmo responsável.

Embora, nos seus relatórios, não solicitem, explicitamente, o adiamento do arranque do UMTS, os operadores portugueses sugerem, dadas as dificuldades existentes ao nível do desenvolvimento da tecnologia, um gradualismo do lançamento da operação.

A forma como tal vier a ocorrer é que ainda não está definida. «Isso resultará das conversas que irão decorrer entre a Anacom e os operadores com licença UMTS», acrescentou uma das fontes ouvidas.

O modelo de flexibilização do arranque do UMTS, adiado, promete, porém, ser um dos aspectos mais difíceis de resolver, já que estes avançaram como comprometimentos iniciais diferentes. Um aspecto que será tido em conta pela Anacom, quando tomar a decisão sobre o lançamento dos telemóveis de terceira geração.

A última palavra caberá ao regulador, como fizeram questão de sublinhar os operadores nos relatórios do «estado da arte» entregues à Anacom. A pedra de toque do discurso da Optimus, da TMN e da Vodafone foi, aliás, o mesmo: «nós estamos prontos para arrancar no dia 1 de Janeiro de 2003, mas...».

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