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Novadelta foi a empresa que mais pedidos de patente fez no ano passado

Em 2016, Portugal submeteu 153 pedidos de patente junto do Instituto Europeu de Patentes, um número que reflecte um crescimento de 8,5% face a 2015. A Novadelta-Comércio e Industria de Cafés foi a empresa que mais pedidos fez junto desta instituição.

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07 de Março de 2017 às 09:00
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As empresas e instituições de ensino nacionais efectuaram, em 2016, junto do Instituto Europeu de Patentes (IEP) 153 pedidos de registos de patentes. Este número é um recorde e mostra que a tendência de crescimento registada, pelo menos, desde 2012 mantém-se. Face a 2015, este número reflecte um crescimento de 8,5%.


"O número de pedidos de registo de patentes oriundos de Portugal que chega anualmente ao Instituto Europeu de Patentes voltou a aumentar em cerca de 8,5% em 2016, um dos maiores aumentos na Europa e que contrasta fortemente com a média de -0,6% da União Europeia", refere o comunicado enviado às redacções.

Os pedidos de registo de patente, com origem em Portugal, "aumentaram sobretudo nas áreas de Química Orgânica Fina, Transportes, Maquinaria e dispositivos eléctricos e Energia". "No geral, as tecnologias com maior número de pedidos de registo de patentes com origem em Portugal estão relacionadas com as áreas de Mobiliário (8%), Indústria farmacêutica (8%) e Cálculo/Medição (7%)".

Entre as empresas, a Novadelta-Comércio e Industria de Cafés foi a companhia que efectuou maior número de pedidos de registo de patente: 12 em 2016, face aos 5 registados um ano antes.

Em termos de regiões, o Minho e Douro Litoral foram as regiões que efectuaram mais pedidos de patentes, seguidos por Lisboa e Beira Litoral. Entre as cidades, a área metropolitana de Lisboa foi a que inseriu mais pedidos de patente.


"No total, o IEP recebeu aproximadamente 160 mil pedidos de registo de patentes com origem na Europa em 2016, em pé de igualdade com o número recorde atingido no ano anterior. Voltou a haver um crescimento significativo dos pedidos com origem na China (+24,8%) e Coreia (+6,5%) e um decréscimo nos pedidos com origem nos EUA (-5,9%) e Japão (-1,9%), enquanto o volume de pedidos com origem nos 38 estados membros da Organização Europeia de Patentes manteve-se praticamente estável no ano passado (-0,2%). Os cinco países com maior número de pedidos de registo de patentes foram EUA, Alemanha, Japão, França e Suíça", pode ler-se no comunicado.


Para Benoît Battistelli (na foto), presidente do Instituto Europeu de Patentes, os resultados do ano passado "confirmam a atractividade da Europa enquanto líder do mercado global no âmbito da inovação". "Apesar de assistirmos a um crescimento impressionante no número de pedidos de registo de patentes com origem na Ásia, as empresas europeias mantêm o papel de líderes na inovação e crescimento no seu mercado de origem, provando a sua resiliência face a condições económicas adversas", acrescentou em comunicado.

Além disso, de acordo com a informação disponibilizada pelo IEP, esta instituição concedeu a centros de investigação e empresas portuguesas mais 28,3% de patentes no ano passado para um total de 59 patentes, o valor mais elevado dos últimos dez anos.

Antes de uma patente ser atribuída, a descoberta em questão é alvo de vários estudos e análises. Por isso, a atribuição de uma patente é um processo demorado. As patentes concedidas no ano passado são, assim, relativas a pedidos que ocorreram anos antes.

 

 

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