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Navigator aumenta salários em 6,1% e vai reduzir semana de trabalho a 37,5 horas

A produtora de pasta e papel fechou com o sindicato que representa os seus trabalhadores um acordo laboral a dois anos que prevê um aumento médio anual superior a 1.000 euros.

14 de Fevereiro de 2024 às 10:45
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A The Navigator Company fechou um acordo laboral com a organização sindical FETESE (Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços) para a atualização de salários, progressões de carreira, promoções e redução do período normal de trabalho, medidas que abrangem os trabalhadores da área da pasta, do papel de impressão e escrita e do papel de embalagem para os próximos dois anos.

Em comunicado, o grupo liderado por António Redondo explica que este entendimento "permitirá à empresa, em 2024 e 2025, dar continuidade à sua política de reforço da valorização das suas equipas, nomeadamente através do rendimento disponível e de reconhecimento do mérito".

O acordo traduz-se, este ano, num aumento médio anual da ordem dos 1.000 euros, "um incremento particularmente importante neste período marcado por elevada incerteza económica e social", frisa.

O entendimento com a FETESE vem ainda, afirma, "reforçar a aposta no mérito como fator potenciador da remuneração, nomeadamente através da progressão para todos os colaboradores com avaliação de desempenho positiva e, também, a garantia de promoções de acordo com o plano de carreiras".

Assim, diz a Navigator, face à proposta inicial, o acordo final envolve atualização média das remunerações em 6,1% e de 76,11 euros, o que corresponde a um aumento médio anual de 1.002 euros em 2024.

Inclui também a progressão para todos os trabalhadores com desempenho positivo nos anos de 2021 e 2022 e com base na tabela salarial em vigor.

Prevê ainda a garantia aos trabalhadores das promoções, de acordo com o plano de carreiras em vigor, com base na avaliação de desempenho de 2022 e 2023.


E determina progressões adicionais com base nas mesmas avaliações de desempenho para os trabalhadores que não foram progredidos tendo em conta a avaliação de desempenho correspondente a 2021 e 2022.

"Estas medidas, com efeitos desde 1 de janeiro de 2024, situam o salário mínimo de entrada em 907 euros para os técnicos operacionais da área de pasta, papel de impressão e de embalagem, montante que sobe para 937 euros ao fim de seis meses com avaliação positiva. Decorridos mais 6 meses, podem passar para os 967 euros", salienta a Navigator.

Como afirma na mesma nota, a estes montantes acrescem o subsídio de refeição (que passou de 8,50 para 9 euros diários), subsídios de turno, benefícios sociais, prémios e distribuição de resultados, "colocando a remuneração mínima na companhia cerca de 30% acima do salário mínimo nacional".

"Atualmente nenhum colaborador da Navigator aufere menos de 1.000 euros mensais, com o salário e subsídio de alimentação", assegura.

Em 2025, a Navigator diz que "vai continuar a reforçar o rendimento disponível, nomeadamente através de um aumento salarial de 2%, num mínimo de 25 euros, beneficiando remunerações mensais até 1.250 euros".

No entanto, "tendo em conta o atual período de incerteza em que vivemos, a Navigator incluiu uma cláusula de salvaguarda relativamente à inflação registada em 2023 e 2024: caso a soma da inflação destes dois anos seja superior a 0,5 pontos percentuais, face à soma dos aumentos salariais ocorridos, a taxa de incremento do vencimento será ajustada, com efeitos a 1 de janeiro de 2025", diz.

Para além das medidas de expressão pecuniária, a empresa anuncia que dá também um passo relevante no que respeita à redução do período normal de trabalho, que passará para as 37,5 horas a partir de 2026.

A redução do período normal de trabalho foi iniciada pela companhia em 2019, uma medida que se traduziu numa carga horária de 39 horas semanais. Em 2020, a jornada laboral foi fixada em 38 horas semanais.

A Navigator recorda ainda que "a preocupação com os seus colaboradores tem sido uma prioridade, através da promoção de um conjunto de políticas e de atribuição de recompensas, que representaram, na última década, mais de 110 milhões de euros em prémios".


Em 2023, a Navigator afirma ter distribuído, em média, 4,81 remunerações mensais por colaborador, "o maior prémio atribuído na história da companhia", acrescentando que este valor inclui o prémio de desempenho relativo ao ano de 2022, que foi pago em 2023, "como reconhecimento pela entrega e compromisso das equipas na obtenção dos bons resultados alcançados pela companhia".

 

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