Notícia
Indústria alimentar não antevê "ruptura de stocks" a 15 de Outubro
FIPA acredita que o sector alimentar está preparado para fim do período de transição entre antigo e novo regime de bens em circulação.
A direcção da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) “não antevê nenhuma situação de ruptura” em termos de abastecimento de produtos alimentares ao mercado a partir do próximo dia 15 de Outubro.
É nessa data que termina o período de transição entre o antigo e o novo regime de bens em circulação, instituído pelo Ministério das Finanças e que visa a “desmaterialização” do sistema de facturas.
De acordo com Pedro Queiroz, director-geral da FIPA, tal situação não ocorreria se o regime fosse imposto em Maio passado, quando o Governo tinha inicialmente previsto. Mas, na opinião do responsável, houve “bom senso do Governo em adiar” a medida para Julho (último), introduzindo então um período de transição.
Com a adopção de um regime que exigiu muito mais das empresas do que o antigo regulamento – quer em termos de “software”, quer em termos de formação de recursos humanos para a adopção do novo sistema informático de facturação e de interacção com as Finanças –, “nem tudo estará a funcionar a 100%”, reconhece. “Mas pelo menos não haverá grandes perturbações na cadeia logística”, acrescenta.
As “empresas sabem o que fazer”, acredita Pedro Queiroz, em declarações ao Negócios, à margem do seminário “gestão de risco no sector alimentar”, realizado esta quarta-feira pelo grupo SGS em Portugal.
Haverá nesta altura, a menos de uma semana do período de transição terminar (cessando igualmente o período de isenção do pagamento de multas) ainda “algumas questões, muito naturais, muito específicas de negócio” que as empresas ainda poderão ter, reconhece. Mas que, sendo “muito sectoriais”, não deverão ameaçar a entrega de produtos ao mercado, reforçou o director da FIPA.